sábado, 5 de junho de 2010

LUTA POR DIREITOS ATUAIS


Prezado Senhor Walfredo e a todos a quem ele noticiou um e-mail com calúnias contra a minha pessoa.

Meu nome é Ricardo Weibe, do Povo Tapeba de Caucaia. Desde 97 trabalhei dando aula na minha aldeia, a crianças, jovens e adultos. Contribuí no fortalecimento da organização política do meu povo. Sou um jovem de 26 anos com responsabilidade e uma história política a zelar. Afinal, já fui presidente da Associação das Comunidades Indígenas Tapeba - ACITA, primeira organização indígena fundada em nosso estado em 85, por dois mandatos. Minha gestão frente a ACITA, foi marcada, por ações de retomadas de parte de nosso território, antes negado pelo Estado Brasileiro e usurpado por posseiros, parte da elite política e velhas oligarquias do município de Caucaia e parceria com diversas entidades e instituições para formação de lideranças, gestão de projetos, infra-estrutura e fomento a atividades de subsistência. Fui, até o mês de janeiro desse ano, diretor da 1ª Escola Indígena fundada no Ceará, que fica localizada na aldeia que resido. Além dessas funções, atuei na diretoria dos Conselhos: Local de Saúde do Povo Tapeba e do Conselho Distrital do Ceará. Fui membro do Conselho Deliberativo da Coordenação das Organizações e Povos Indígenas do Ceará - COPICE, do Grupo de Gestão Indígena no âmbito da FUNAI no Ceará, Vice-Presidente da Associação dos Professores Indígenas Tapeba - APROINT, além de outras funções.... Atualmente, estou a frente da coordenação do 1º Curso de Licenciatura Intercultural para a Formação de 120 professores indígenas pela Universidade Estadual do Ceará - UECE, na qual também serei cursista. Esse curso é resultado de um trabalho de construção dentro do movimento indígena em mais de 05 anos de discussão. Hoje, represento a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo - APOINME na Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena - CNEEI/MEC e Membro da Comissão Nacional de Política Indigenista - CNPI/MJ. Esta apresentação somente está acontecendo, pra lhe dizer que sou uma liderança indígena séria e que tenho uma estrada percorrida. As calunias feitas por você não manchará o meu perfil, reconhecido por inúmeras instituições como diplomata e defensor dos direitos indígenas. Recebo constantemente convites, pra ministrar palestras e participar de debates, em que o tema da política Indigenista Brasileira e o Movimento Indígena esteja em pauta. O que é lamentável, é o senhor não me conhecer e ficar me difamando por aí. Por isso, me senti obrigado a me posicionar. O que vocês esqueceram, foi de pesquisar minha vida, pra somente depois colocar alguma coisa acerca da minha capacidade ou não de compor o quadro da FUNAI. Meu grau de instrução até o momento é o Ensino Médio, embora não troque o que sei por certos graduados meia-boca que tem por aí. Com relação ao serviço administrativo da FUNAI já é uma prática minha, já que sem uma estrutura adequada nos últimos anos, participei da gestão atual, como uma espécie de assessor, inclusive subsidiando respostas as instâncias como Ministério Público Federal, Justiça Federal e outros órgãos. O que você não sabe é que eu não sou pintor. Não fui eu quem pintou as benditas faixas. Tivemos um trabalhão aqui pra preparar a chegada da comitiva da Presidência da FUNAI. Não tivemos tempo de fazer correções ortográficas ou gramaticais nos dizeres das faixas. O único erro corrigido a tempo e detectado por mim, foi no próprio nome do nosso presidente Márcio Meira. Lá estava Meiro...Acredita nisso?! Bom, minha indicação foi feita por representantes dos 14 povos indígenas do Ceará e das principais organizações indígenas de meu estado, entre elas, COPICE, APOINME, OPRINCE e AMICE. O Presidente Márcio Meira, sabendo do meu potencial e da minha trajetória, acabou publicando minha portaria como assistente técnico, pra nova Coordenação Regional de Fortaleza. Gostaria de ter conhecimento da sua área de formação, pra saber se de fato você teve uma bem sucedida vida profissional, as custa da sua formação. Com relação a FUNAI daí de Maceió, conheço a história de muitos de vocês e sei que a maioria responde ou já respondeu sindicância, inclusive o senhor, já que teria no passado, comprado ilicitamente, passagens pra sua esposa e seu filho com recursos provenientes da própria FUNAI. Muitos não sabem, mas a mudança daí de Maceió foi resultado de uma pressão da bancada indígena na CNPI, na qual fiz parte, pra findar com certas mamadas que haviam aí. Quanto ao senhor, não se preocupe, pois a FUNAI com o Decreto de Reestruturação, crio na sua nova estrutura uma instância que deverá apurar e abrir novos Processos Administrativos Disciplinares, que é o que pretendo fazer com o senhor, caso eu consiga encontrar alguma podridão sua. Vejo que você tem bons informantes aqui, mas saiba também que aí eu também tenho...viu...Acho que é por isso, que a FUNAI não atua muito em certos lugares, com servidores igual ao senhor, que passa o tempo falando da vida alheia. Faço questão de externar essa desagradável situação em que fui posto, na plenária da próxima reunião da CNPI , e por tanto me reportarei ao presidente da FUNAI sobre a sua conduta deplorável, anti-ética e anti-profissional, caso o senhor não venha se retratar de tais fatos.

Ah!!! ia esquecendo, não preciso de assessoria pra escrever viu. Tenho vários artigos já publicados.

Boa sorte e trate de trabalhar por uma melhor assistência as comunidades indígenas, que é a verdadeira missão da FUNAI, que é algo que os verdadeiros indigenistas que dela faz parte defendem e acreditam!!!

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