quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

realizará escavações arqueológicas em Baturité

REGINALDO KANINDÉ

Amigos (a) informações acerca da evolução dos trabalhos de exploração cientifica do Sitio Arqueológico da Serra do Evaristo.
Vc abre a seguinte página na Net:
: http://virtual.diariodonordeste.com.br
e depois clica na página "Regional". S
Se tiver como conseguir a página do jornal mesmo, sugiro que guarde consigo.
.
um abraço.

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO
As urnas encontradas na região são localizadas principalmente na estrada de terra que corta a localidade, a qual está situada no alto da serra




Audiência publica realizada em Baturité debateu encaminhamentos sobre a atuação do Iphan no local. Comunidade aposta no fortalecimento do turismo na localidade, com geração de novas oportunidades de trabalho e renda

O trabalho, que coletará urnas funerárias de um cemitério indígena, é o pontapé inicial para uma série de pesquisas

Fortaleza. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) irá iniciar, em março próximo, escavações arqueológicas na Serra do Evaristo, em Baturité. O trabalho, motivado pela descoberta de prováveis urnas funerárias na região, representa um momento singular para a Arqueologia no Estado, consistindo no pontapé inicial para uma série de pesquisas na localidade, onde vive uma comunidade quilombola formada por 140 famílias. As escavações serão iniciadas em março.

Embora há décadas peças arqueológicas sejam encontradas - de forma casual - na região, ainda não há dados precisos sobre o material escondido sob a superfície, o qual é composto por urnas que provavelmente compunham um cemitério indígena, fazendo com que a Serra do Evaristo seja um espaço com potencial para abrigar pesquisas em diversos campos da Ciência.

As tradições de uma tribo antiga, que possivelmente habitou a região antes da chegada dos europeus, no século XVI,e os aspectos simbólicos ligados à compreensão da morte por parte dos índios são alguns dos elementos a serem pesquisados a partir dos trabalhos que serão iniciados neste semestre.

De acordo com o professor da rede pública de ensino de Baturité, João Batista de Assis, nos últimos anos, vários indícios da existência de tribos indígenas que habitavam a região têm "aflorado" à superfície da terra, principalmente na estrada de terra que cruza a Serra do Evaristo, devido ao processo erosivo sofrido pelo terreno.

Hoje, destaca, três urnas estão armazenadas na localidade. Uma delas, afirma, foi encontrada por acaso, enquanto moradores cavavam um poço. As outras duas, foram encontradas quando parte delas tornou-se visível na terra. Conforme o professor, em uma delas, foi encontrada uma arcada dentária. Após a surpresa em toda a localidade, as urnas foram então colocadas para exposição, em um espaço público, atraindo ainda mais a atenção dos moradores. Várias outras urnas, afirma, já foram encontradas por moradores, mas não foram preservadas porque não se sabia do valor histórico que elas possuiam.

Sem saber de que exatamente se tratava o material, que surgia com cada vez mais frequência conta o professor, os moradores começaram a procurar pessoas de outras localidades. Segundo Batista, foi feito então contato com o Iphan, para saber se as peças tinham de fato valor histórico. "E, agora, foi constatado que elas são urnas de um cemitério indígena".

Segundo o técnico do setor de Arqueologia do Iphan, Jeferson Hamaguchi, o Instituto passou a ter interesse pelas descobertas logo "nos primeiros contatos" com as urnas funerárias, em 2009. Após constatar a importância das peças, indica, o Iphan passou a elaborar um plano de ação, que previa a escavação arqueológica no local.

Concluído o plano, relata Hamaguchi, foi aberto um processo licitatório para escolher a entidade que executaria o serviço. Ao final, foi selecionada a empresa ArqueoSocio. Todo o trabalho, sublinha, será acompanhado por técnicos do Iphan.

Pesquisas

De acordo com um dos arqueólogos que participarão dos trabalhos, Igor Pedroza, a escavação na Serra do Evaristo terá grande importância do ponto de vista científico, indo além da Arqueologia, representando um material rico para pesquisadores de campos como Geografia, Biologia e História.

Embora o acordo firmado com o Iphan preveja que os trabalhos se deem até o mês de junho, ressalta o arqueólogo, as escavações representam o pontapé inicial para pesquisas que se estenderão ainda por muitos anos.

Segundo Pedroza, embora algumas peças tenham sido encontradas pela comunidade da Serra do Evaristo, ainda não é possível determinar de quando data o material encontrado. Apenas após a análise das peças, informa, será possível precisar a idade das urnas. Segundo informações divulgadas pelo Iphan, é possível que elas tenham até cerca de mil anos de existência.

Ainda que peças arqueológicas sejam encontradas em outras regiões do Estado, salienta o pesquisador, o trabalho representa um momento significativo para pesquisas no Estado. "É uma oportunidade fantástica. Nós vamos ter acesso a um registro arqueológico de um momento, que é a morte".

Etapas

Conforme Pedroza, o serviço será dividido em etapas. "É comum achar que a escavação arqueológica é só a escavação em si, mas não é assim", comenta. Primeiro, informa, serão realizados minicursos, de 20 horas, voltados para as pessoas que participarão do trabalho, incluindo pessoas da própria comunidade. As aulas serão iniciadas no próximo mês. Em seguida, acrescenta, será iniciada, em março, a escavação propriamente dita, através da qual o material arqueológico será retirado do solo.

Por fim, complementa o arqueólogo, será feita a análise do material coletado. Para isso, destaca, será utilizado o método do carbono 14 para fazer a datação do material orgânico - ossadas e arcada dentária, por exemplo. Já para fazer a datação da cerâmica usada na fabricação das urnas, será usada a técnica denominada termoluminescência.

O projeto prevê que dez urnas sejam coletadas e analisadas pelos pesquisadores. Contudo, destaca o arqueólogo, mais peças poderão ser examinadas.

Comunidade poderá ganhar museu

Fortaleza. Se, para os pesquisadores, as peças arqueológicas encontradas na Serra do Evaristo geram expectativa quanto aos estudos que serão realizados na localidade, para as 140 famílias da comunidade quilombola que habitam o espaço, a existência do material significa não apenas enriquecimento cultural, mas também uma possibilidade de desenvolver o potencial turístico da região e incrementar a renda de famílias que enfrentam a falta de oportunidades de trabalho. Nesse contexto, uma das possibilidades estudadas pelo poder público e aguardada pelos moradores é a possível construção de um museu na serra.

Segundo o professor João Batista de Assis, da rede pública de ensino de Baturité, a comunidade da Serra do Evaristo - espaço de difícil acesso - é marcada por uma espécie de êxodo que leva jovens a viajar a outras localidades em busca de trabalho. "A cada segunda-feira tem cerca de 30 jovens saindo para trabalhar na semana em outros locais".

Com o desenvolvimento do turismo na região, indica, esse cenário pode ser revertido. Além da riqueza histórica, frisa, a Serra do Evaristo conta com notáveis atrativos naturais. "A vista é belíssima, porque a comunidade é no alto da serra. O clima também é muito bom", ilustra. A expectativa do professor é que, pouco a pouco, a comunidade possa erguer estabelecimentos associados às pesquisas na região, a exemplos de lojas de produtos artesanais e restaurantes.

De acordo com o secretário de Cultura do Estado, Francisco Pinheiro, as pesquisas arqueológicas na região podem culminar com a construção de um museu. Embora ainda não haja projetos concretos sobre o assunto, a ideia poderá ser contemplada através de uma articulação com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). "A expectativa é de que as pesquisas contribuam com a comunidade", destaca Jeferson Hamaguchi, técnico do setor de arqueologia do Instituto.

A expectativa de enriquecimento cultural por parte da comunidade também é apontada por João Batista como um ganho significativo para os moradores. Ele destaca que as pesquisas serão acompanhadas por aulas e orientações aos moradores, que não ficarão alheios ao trabalho executado pelos pesquisadores.

No último sábado, as escavações arqueológicas na região foram tema de uma audiência pública da qual participaram representantes da Secretaria de Cultura do Estado, do Iphan, da empresa ArqueoSocio, que executará a escavação, e da comunidade própria quilombola.

O trabalho será realizado por profissionais do Estado e por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade de São Paulo. Segundo Igor Pedroza, um dos arqueólogos que trabalharão no projeto, pelo menos três arqueólogos atuarão nos serviços. Estudantes e profissionais de História e Geografia, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE), também farão parte da equipe. Pelo menos cinco pessoas da comunidade, frisa, também participarão do trabalho.

A área onde as escavações arqueológicas serão feitas neste semestre é tida como um antigo cemitério indígena, embora ainda não se possa precisar de quando data o material encontrado, o qual consiste principalmente em urnas funerárias em forma de pera, algumas das quais ainda contêm material orgânico.

PARA UM DIA FELIZ

RECEITA DE MASSA SOFT (DOCE)

POSTADO EM: RECEITAS
Ingredientes
1 xícara de água
3 xícara gérmen de trigo
1 colher de chá de lecitina de soja
3 colheres de adoçante para forno e fogão
3/4 de xícara de óleo
Modo de preparo
Coloque todos os ingredientes em uma tijela – Menos a água – misture os ingredientes com as pontas dos dedos
até ficar uma “farofa”, adicione a água aos poucos até a massa ficar homogênea (soltinha).
Modele nas forminhas em uma espessura média, leve ao forno de 180ºC por 20min.
Aguarde esfriar, desenforme e coloque o recheio.
Recheie com creme e chantily e frutas de sua preferência.
Bom Apetite!!



FELICIDADES ..PARABENS -LEIAM... Fl.4:6 Näo estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petiçöes sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oraçäo e súplica, com açäo de graças.
Recados para Orkut



CORAÇÃO SÁBIO, PALAVRA DOCE
“O sábio de coração é chamado prudente,
e a doçura no falar aumenta o saber.”
Pv 16.21
O coração é a fonte e a língua é o rio que corre a partir dessa fonte. O coração é o laboratório e a língua a vitrine que expõe o que se produz nesse laboratório. Há uma estreita conexão entre o coração e a língua. A língua fala aquilo de que o coração está cheio. Uma pessoa sábia de coração é prudente, pois não fala sem refletir. Suas palavras são sempre oportunas e terapêuticas. Fala para edificar e abençoar. Sua língua é terapia para os aflitos. O sábio é conhecido não apenas pelo que fala, mas também como fala.
Ele não apenas fala a verdade, mas a verdade em amor. Há muitas pessoas cuja língua é carregada de veneno. Suas palavras ferem mais do que a espada, destroem mais do que o fogo. A Bíblia fala de Nabal, marido de Abigail. Ele era duro no trato e ninguém podia falar-lhe. Era um homem incomunicável. Por outro lado, a Palavra de Deus também nos fala de Jesus. Ouvi-lo é matricular-se na escola superior do Espírito Santo e aprender as mais importantes lições da vida. Precisamos nos assentar aos pés de Jesus para termos um coração sábio e uma palavra doce.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

licenciaturaindigenauece] ETAPA DO CURSO DE LICENCIATURA

Comunicamos a todos os professores e professoras indígenas matriculados no Curso de Licenciatura Intercultural: Formação de Professores Indígenas do Ceará, coordenado pela UECE que nos dias 25, 26, 27 e 28/01/2012, estaremos realizando a etapa de formação com a disciplina: Educação em Direitos Humanos. A etapa ocorrerá no Centro de Treinamento e Extensão - CETREX, localizado no município de Caucaia. Essa etapa ocorrerá após a Assembléia da OPRINCE que elegerá a sua nova direção. Nossa intenção é de aproveitar a vinda dos professores pra assembléia e garantir a sua permanência para essa próxima etapa.

UM LUGAR PARA DESCANSAR

Um Lugar Para Descansar
Livres Para Adorar
Eu sei o mundo não Te recebeu
De braços abertos
Eu vi no seu olhar desejo pela vida
Existe um lugar para descansar
Eu sei que é difícil acreditar
Eu sei que é difícil respirar
Onde está você ? Espere mais um dia
Além da dor além do choro
Existe alguém que olha por você
Além de mim eu sei existe um Deus
Que não se esqueceu, não se esqueceu
Olhe para o céu o amor vem de lá
Noite fria vem pra depois passar
Deus não se esqueceu, não se esqueceu
Sua lágrima recolheu para enxugar
Ele é tão bom
Sim, Ele é tão bom
Além de mim eu sei que existe um Deus
Que não se esqueceu, não se esqueceu

Bom dia Mãe,

SOMENTE COISAS IMPORTANTES- OUÇAM É LINDO

Ajuda-me a olhar pra cima
Ajuda-me a entender quem sou eu
Me diz porque sinto esse vazio aqui?

Pra você que sempre é o ultimo
A ser escolhido para o time
Pra você que na segunda-feira
Promete que vai começar o regime
Pra você que vai a casamento
Apenas pra pegar o buquê
Pra você que foi traído
E pergunta aos céus o porquê.

Quando você se olhar no espelho
Pense no sorriso de D-s a dizer:
Você é a coisa mais linda
Que Eu um dia criei
Não deixe a circunstancias
Tirarem à certeza
Você existe para trazer ao mundo mais beleza
Quero ver você feliz

Pra você que olha os fios brancos
E não se conforma que o tempo passou
Pra você que não consegue mais dormir
Pensando nas contas que não pagou
Pra você que não tem o aconchego
E o amparo de uma família
Pra você que está desempregado
E cansou de esperar em pé numa fila

Quando você se olhar no espelho
Pense no sorriso de D-s a dizer:
Você é a coisa mais linda
Que Eu um dia criei
Não deixe a circunstancias
Tirarem à certeza
Você existe para trazer ao mundo mais beleza
Quero ver você feliz

Às vezes você pode se olhar no espelho da vida e pensar:
O que é que D-s pode fazer por mim?
Você é a coisa mais linda que Cristo tem nesta vida

Quando você se olhar no espelho
Pense no sorriso de D-s a dizer:
Você é a coisa mais linda
Que Eu um dia criei
Não deixe a circunstancias
Tirarem à certeza
Você existe para trazer ao mundo mais beleza
Quero ver você feliz
Cheio de propósito na vida
Tenho tanto orgulho de você
Minha obra mais querida
A coisa mais linda
Que Eu um dia criei.

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Prezados(as),

Segue em anexo a carta convocatória dos Professores Indígenas do Ceará para participar da assembléia geral da OPRINCE que ocorrerá no próximo dia 24/01 (terça-feira próxima). Contamos com a ajuda de vocês para divulgá-la nos contatos de vocês nas listas de e-mail e redes sociais.

Att,

Weibe Tapeba

Maria Amélia está na UTI do Antônio Prudente!‏

Olá a todos, encaminhando um notícia muito triste sobre o estado de saúde de nossa amiga Maria Amélia Leite. Estou indo agora ao hospital e em breve trago notícias mais atuais. Vamos fazer uma grande corrente e pedir ajuda aos encantados para que ela possa vencer mais essa batalha!
Abraços,
João Paulo

"Nossa mais do que amada Maria Amélia Leite está na UTI do Antonio Prudente. Falei hoje com Aline que me disse que Maria Amélia foi quinta e sexta da semana passada ao médico. De sexta para sábado teve um AVC e parece uma pneumonia também. Aline me disse que ela estava muito calada, confusa e que segunda feira teve que se submeter a uma cirurgia na cabeça(algo como um coágulo). Agora se encontra na UTI do Antonio Prudente. Peço a todos que emanem os melhores fluidos para nossa Maria e quem puder visitá-la, por favor o faça. Vou tentar hoje saber dos minutinhos de visita que os familiares tem, só para ver como ela evolui.
Grande abraço
soraya vanini "

colegiadoculturasindigenas] visões estereotipadas alimentam preconceito‏

Entrevista:

Rita Potiguara: visões estereotipadas alimentam preconceito
Para a conselheira do CNE, Rita Potiguara, é necessário atualizar a figura do índio
Para a conselheira do CNE, Rita Potiguara, é necessário atualizar a figura do índio
Professora da Secretária de Educação do Ceará, conselheira da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE) e membro do Colegiado de Culturas Indígenas do Ministério da Cultura (MinC), Rita Gomes do Nascimento – Rita Potiguara – é indígena pertencente ao grupo Potiguara de Crateús (CE). Formada em pedagogia, tem mestrado e doutorado em educação e desenvolve pesquisas na área de educação indígena. Integra, também, a equipe de coordenação do Curso de Licenciatura Intercultural: formação de professores indígenas, na Universidade Estadual do Ceará. Em dezembro último, recebeu o Prêmio Direitos Humanos 2011, promovido pela Presidência da República e pela Secretaria de Direitos Humanos, na categoria Educação em Direitos Humanos. Em entrevista ao Jornal do Professor, Rita Potiguara destaca a importância da Lei 11.645 de 2008, que tornou obrigatório o estudo da história e da cultura afrobrasileira e indígena em todas as escolas de educação básica. Ela acredita que, a partir daí, os sistemas de ensino deverão promover cursos de formação inicial e continuada para os professores, bem como oferecer suportes didáticos e pedagógicos para trabalhar esta temática. Em sua opinião, é necessário atualizar a figura do índio, apresentado, quase sempre, como personagem do passado colonial, pois as visões estereotipadas dos índios alimentam diversas situações de preconceito. “A atualização da história e cultura indígenas pode ser trabalhada de modo transversal nas diversas áreas de conhecimento”, enfatiza.
Jornal do Professor – Qual a avaliação que a senhora faz sobre a educação indígena atual nas escolas brasileiras?
Rita Potiguara – Para responder a esta pergunta, é preciso considerar duas situações particulares. Uma diz respeito aos projetos de educação indígena experienciados pelas próprias comunidades indígenas. A outra está ligada ao tratamento da temática indígena nas escolas não indígenas.
Quanto à primeira, merece destaque os esforços dos grupos na construção de uma educação escolar diferenciada, buscando, por meio de uma perspectiva dialética e, por conseguinte, intercultural, por em diálogo os conhecimentos específicos de cada grupo e os produzidos e sistematizados pela escola.
Já no que diz respeito às escolas não indígenas, apesar da existência da Lei 11.645 de 2008 que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas nos currículos escolares da educação básica, pouco efetivamente se tem avançado neste campo. É sabido que a inclusão da temática indígena nas escolas não indígenas favoreceria, dentre outras coisas, a diminuição do preconceito corrente contra os grupos indígenas e seus direitos socioculturais.
JP – Como o conteúdo de educação indígena deve ser inserido no projeto pedagógico das escolas?
RP – Uma das questões mais críticas quando se fala da temática indígena nas escolas não indígenas está ligada às visões estereotipadas dos índios que alimentam diversas situações de preconceito. Assim, se faz necessária a atualização da figura do índio nas escolas que, via de regra, é apresentado como personagem do passado colonial, quase confundido com a natureza, ora visto como o bom selvagem rousseauniano, ora percebido como o mau selvagem comedor de carne humana, sem religião e desprovido de “modos civilizados”.
A atualização da história e cultura indígenas pode ser trabalhada de modo transversal nas diversas áreas de conhecimento. Além disso, é preciso se levar em consideração, na construção dos projetos políticos pedagógicos das escolas, as ideias de interculturalidade, da construção comunitária de tais projetos e de respeito e promoção das diferenças socioculturais, princípios postos em ação pelos índios na construção de sua educação diferenciada.
JP – Como fica a questão do ensino da língua portuguesa e das línguas indígenas no contexto escolar?
RP – Mais uma vez é preciso fazer a distinção entre os contextos escolares indígenas e não indígenas, mesmo no caso em que estes últimos também contem com a presença de estudantes índios.
Nas escolas indígenas, a língua portuguesa pode figurar como a primeira ou a segunda língua, em grupos bilíngues ou multilíngues. Há ainda os casos em que o português é a única língua falada pelo grupo. Assim, a importância do seu ensino assume significados diferentes em contextos particulares.
O ensino da língua indígena nas escolas diferenciadas deve ter a mesma importância que o português, tendo em vista a sua condição de expressão privilegiada de referências identitárias. Com isso quero chamar a atenção para o fato de que as línguas indígenas não devem se limitar a formas de expressão oral, servindo também de suporte para o registro escrito de conhecimentos comunitários e escolares.
Já nas escolas não indígenas que possuam estudantes índios, o que se espera é que a comunidade escolar como um todo respeite e valorize a língua falada por estes estudantes. Além disso, dada a diversidade sociolinguística existente em nosso país, havendo atualmente mais de 180 línguas indígenas faladas, é preciso promover o conhecimento desta diversidade por meio de pesquisas nas escolas.
JP – O aluno indígena deve ter uma didática e pedagogia diferenciadas?
RP – Como tenho chamado a atenção é preciso considerar as especificidades de cada caso. Há os alunos indígenas nas escolas de suas comunidades que fazem parte de um projeto pedagógico diferenciado que trabalha as questões de interculturalidade, do bilinguismo, da diferenciação e da especificidade da história e cultura de seu grupo de pertencimento. Dentre outras questões, é por causa disso que, nas escolas indígenas, há a necessidade dos professores serem indígenas, desenvolvendo pedagogias e didáticas apropriadas aos contextos comunitários em que se situam as escolas.
Por outro lado, as escolas não indígenas, na construção de suas práticas pedagógicas e didáticas, deveriam considerar os diferentes estudantes que se fazem presentes na escola, tendo em vista as várias histórias de vida, valores, aprendizados. Vale lembrar, neste sentido, que a perspectiva homogeneizante da educação escolar tem provocado efeitos perversos na tentativa de tornar todos os estudantes iguais.
JP – Como o professor que tem apenas poucos alunos na turma deve trabalhar as questões da cultura indígena?
RP – É sabido que a questão da cultura indígena não deve ser limitada aos contextos escolares dos índios. Aí reside a importância da Lei 11.645 de 2008 que estabelece à necessidade, para todas as escolas de educação básica, independentemente de serem indígenas ou não, de se ensinar a história e cultura indígenas para não indígenas. A partir daí, os sistemas de ensino, deverão promover cursos de formação inicial e continuada para os professores, bem como oferecer suportes didáticos e pedagógicos para trabalhar esta temática, utilizando vídeos, livros, brinquedos, jogos, softwares etc.
JP – E as escolas que se dedicam integralmente a turmas indígenas?
RP – As escolas indígenas, por meio de seus projetos políticos pedagógicos, da produção de materiais didáticos específicos, do ensino das línguas indígenas e das aulas culturais, têm buscado construir metodologias compatíveis com as realidades socioculturais dos seus estudantes.
JP – Qual a formação adequada para que professores atuem na educação indígena?
RP – Mais uma vez é preciso distinguir entre os contextos escolares indígenas e não indígenas. Nas escolas indígenas, o professor, via de regra, pertencente à comunidade, antes de tudo, deve ser aceito por ela, o que implica no seu engajamento político nas questões postas pela comunidade. A sua formação, desde a implementação das primeiras escolas diferenciadas, sobretudo entre finais da década de 1980 e início de 1990, se deu em cursos de magistério indígena em nível médio. Com o crescimento da demanda por escolas e sua importância política na vida das comunidades, atendendo também as etapas finais da educação básica, esta formação vem se dando nas chamadas licenciaturas interculturais, atualmente ofertadas em mais de 20 instituições de ensino superior em todo o país.
No caso dos professores não indígenas e que atuam em escolas não indígenas, os sistemas de ensino deveriam se responsabilizar pela formação adequada destes profissionais, inserindo, nos cursos de formação, conteúdos relativos à temática indígena. Além disso, também é importante que o professor procure conhecer mais o assunto, pesquisando e se instrumentalizando para lidar com esta temática.
JP – As políticas públicas em relação à educação indígena têm avançado?
RP – Desde a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 que a Educação Escolar Indígena vem, gradativamente, sendo reconhecida em suas especificidades e direitos particulares. Já em 1999, o Conselho Nacional de Educação emite dois documentos, o Parecer 14 e a Resolução 03, que fixam as diretrizes para o funcionamento das escolas indígenas e reconhece-lhes a condição de escolas com normas e ordenamento jurídico próprios, definindo, ainda as diretrizes curriculares do ensino intercultural e bilíngüe, com vistas à valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade étnica.
A partir destes marcos legais surgiram várias conquistas no âmbito das políticas públicas educacionais brasileiras, como a oferta dos cursos de formação de professores indígenas pelos sistemas de ensino, a construção de escolas e mais recentemente, dentre outras conquistas, a instituição dos Territórios Etnoeducacionais como um novo modelo de gestão para essa modalidade de educação.
Mas, apesar de no campo das leis e das políticas públicas haver conquistas, o ordenamento jurídico próprio das escolas indígenas nem sempre é respeitado. Uma questão na qual ainda se tem pouco avançado está ligada à diversidade linguística dos povos indígenas. O Estado brasileiro ainda não conseguiu construir uma política sociolinguística que reconheça e valorize tal diversidade. Além disso, grande parte dos professores indígenas trabalha de forma precária, pelo não reconhecimento da categoria professor indígena nos quadros do magistério público.
Tais situações não impedem, no entanto, o surgimento de experiências inovadoras entre os professores e comunidades indígenas que, por meio de práticas pedagógicas, metodologias e materiais didáticos diferenciados, trazem exemplos para o Estado e os sistemas de ensino, merecendo ser melhor conhecidas e divulgadas.
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/jornal.html?idEdicao=76


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Luis Donisete Benzi Grupioni
Coordenador Executivo
Iepé - Instituto de Pesquisa e Formação Indígena
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Vila Sônia - 05625-160 - São Paulo - SP
Tel./Fax (11) 3746-7912 / 3569-4973 / 3569-4936
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domingo, 15 de janeiro de 2012

TODOS TEUS AMIGOS ESSA CASINHA‏

" As vezes quando tudo dá errado acontecem coisas tão maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo "

“Entra na minha casa...
Entra na minha vida...
Mexe com minha estrutura...
Sara todas as feridas...
Me ensina a ter santidade...
Quero amar somente a Ti!
Por que o Senhor é o meu Bem maior...
Faz um milagre em mim!”


Mande essa casinha para todos os amigos que você deseja ver abençoados por Deus!

Edital recebe projetos inéditos de vídeos sobre Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro‏

Edital recebe projetos inéditos de vídeos sobre Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro


14/12/2011
Idealizado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em parceria com a Associação Cultural de Amigos do Museu de Folclore Edson Carneiro (Acamufec), e patrocinado pela Petrobras, o Edital de apoio a documentários etnográficos sobre patrimônio cultural imaterial – Etnodoc recebe de 24 de novembro a 10 de janeiro de 2012 projetos inéditos de documentário etnográfico, voltado para exibição em redes públicas de TV.

O Edital tem como objetivo somar esforços e ampliar as ações voltadas para a valorização e promoção dessa dimensão do patrimônio cultural, assim como estimular iniciativas voltadas para a melhoria das condições de transmissão, produção e reprodução dos bens culturais que compõem esse universo.

A terceira edição do Etnodoc destina-se a apoiar 15 projetos inéditos de documentários etnográficos, de média duração, voltados para exibição em redes públicas de TV. Os recursos previstos somam R$ 1,2 milhão e cada projeto selecionado receberá a quantia de no máximo, R$ 80 mil.

Para participar, os vídeos devem atender aos seguintes requisitos:

• Sejam relativos ao patrimônio cultural imaterial brasileiro, (saberes; celebrações; formas de expressão; lugares), compreendido conforme definição da Convenção par a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, aprovada em 2003.
• Impliquem abordagem etnográfica sobre o objeto da documentação, situado em seu contexto sociocultural, e sobre pessoas e grupos sociais a ele relacionados.

A Comissão de Seleção será formada por representantes das várias instituições realizadoras e parceiras do projeto, além de pelo menos um especialista convidado, da esfera audiovisual, sem vínculo com as citadas instituições.

Saiba mais em: www.etnodoc.org.br


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DENÚNCIA FEITE A PF EM 03/11

Relato-lhes um crime de falsidade identitária,onde um indivíduo de nome Cleiton militante da causa do Setor Noroeste;passa-se por Tupinambá alegando tempo de permânencia e sítio arqueológico inexistente,podendo o mesmo vindo a ter se beneficiado no sistema de cotas na UFBA em Filosofia,sendo que o mesmo pode ser filho de Arion Da'lligna Rodrigues,um dos maiores linguistas do país,daí ter passado desapercebido;vindo a abrir precedente ante a outro conhecido por Santxiê Tapuia,funcionário da Funai,de etnia tida Fulniô,onde um estudo de lista vocabular auxiliaria em outros procedimentos para corroborar tal origem dado falar outra língua;o que ocorre que quanto a este ultimo pode vir a alegar que casou com uma índia usando tal etnônimo,enganando-a e no fim após queimarem a casa de um índio legítimo na área,apoderar-se da terra,já que alegam na Funai que conhecam a família do mesmo de Águas Belas em Pernambuco terra de Fulniô.O mesmo em Planaltina de Goiás é conhecido como cigano tendo residência de afins no município,e parentes por BSB,houve um processo de n°08620.000704/2011-58 quanto ao Cleiton dado erro de minha parte por não se tratar de funcionário,mas pode servir ao Santxiê,enquanto que a origem do Cleiton remete a Romênia,país de ciganos,onde configura-se um esquema de grilagem de terras usurpadas de um índio;a indícios de que este Santxiê seja irmão de uma avó de meia irmã minha de nome Eva onde tem-se vínculo com o Vale do Amanhecer.Para obter-se endereço do Cleiton assim como filiação e demais dados basta puxar cadastro do mesmo ante operadora no n°96219953,reiterando que há outros na UNB que não são indígenas e se passam por tal no sistema de cotas podendo até minha irmã.grato!!!
Trata-se de uma galera do Recanto das Emas,onde deixaram subir a cabeça estas questões étnicas,uma possível irmã do Cleiton de nome Tatiane mulher de Rafael Frank Tibiriça,chegou a fazer cirurgia para parecer índia,fora um tal de Olavo que se diz Wapixana,sua mãe ou é pernambucana ou piauiense moradora da ceilândia sul,Raoni diz-se Fulniô-Karipuna típico paraibano e Lisandra Santos Gusmão,sobrenome de ciganos,"sobrinha neta" de Santxiê que pode ter feito uso das cotas,mais alguns outros,Cleiton,vulgo avá miri,causou-me importúnio,gritando-me ás cegas pela rua,urge esta questão dado mudar a questão da homologação da terra,fora que Arion pode ter a ver com a fundação do PT.......
AUTOR:LEONARDO S.S.,TEL.(61)84368331


Pessoal,
Acabo de receber estes dois emails, enviado para uma lista de pesquisadores de antropologia, pelo que conheço dos endereços de alguns dos que também receberam.
Do que se trata, leiam e tirem suas próprias conclusões, mas faz acusações e afirmações polêmicas, acerca da questão indígena no Brasil, principalmente Nordeste e Brasília.
Alexandre

De: LEO WALDLÖUFER
Para: paty_gisele@yahoo.com.br; acassiasociologa@yahoo.com.br; amanayparangaba@yahoo.com.br; carmem.doloresalves@hotmail.com; consuss@yahoo.com.br; dancolibardi@hotmail.com; adeliasouto@ig.com.br; antropiic@gmail.com; glaucomachado@yahoo.com.br; bianchetti5@yahoo.com.br; jordania.souza@yahoo.com.br; laraerendira@yahoo.com.br; antropoluigi@hotmail.com; marcosdada@yahoo.com.br; monibaa@hotmail.com; pallomabr@bol.com.br; patricia.fortes@cclf.org.br; queila_oliveira@yahoo.com.br; ricardofernandes@ua.pt; rodrigo_assis23@hotmail.com; aluiziomsf2@gmail.com; queiroz.suzana@yahoo.com.br; tarcillasousa@gmail.com; tativiba@yahoo.com.br; warnav@gmail.com; acsacchi@yahoo.com.br; carmensllucia@gmail.com; lucae34@yahoo.com.br
Enviadas: Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011 14:29
Assunto: Desrespeito e insulto!!!!

Recorro a este meio,para que investiguem os processos de ressurgimento étnico vigentes neste país,principalmente no nordeste,ascendência de um dado grupo étnico nativo é normal,o processo colonizatório deculturativo,e também as escolhas dos grupos étnicos,mesmo que induzidos,fez com que,através da exclusão sócio-econômica,algumas comunidades mantivessem determinadas práticas,principalmente de subsistência,dos antigos moradores,num processo adaptativo na nova configuração societária emergente.Dado benefícios de acesso sanitário,educacional (vide cotas),jurídico e principalmente acesso á terra,indivíduos podem aproveitar-se de uma conjuntura sócio-política,para então passar-se e assumir-se como índios;apoiando-se numa remissão de cultura de determinados segmentos sociais;principalmente da IGREJA CATÓLICA,pelo CIMI,que livre disso e do trabalho tendencioso etnocida (religioso),vem auxiliando bastante á causa,claro,com seus propósitos,e de artigos de João Pacheco;vêem até mesmo á teatralizar estereótipos étnicos,muitas vezes já não mais praticados em seus locais,dado a sociedade exigi-los.Auto determinação étnica,além de uma memória comunal,não deve deixar á margem á história,pois imaginem se por necessidade todos vierem a se declarar portugueses,alemães,japoneses,italianos,etc..,seria encarado como sublevação e as consequências seriam outras,como se trata de ascendência nativa,o romance,até mesmo estatal,miniminiza o impacto.O que quero com isso é abrir-lhes os olhos quanto a subversão que estes oportunistas podem vir á causar em malefícios ante aos outros que não tem os meandros necessários para sair de suas artimanhas.Em um país continental é natural dadas especialidades,mas as mesmas,mesmo que metafísicas (supertições para a sociedade envolvente),não querem dizer;sem continuidade de vivência endo-cultural,que os mesmos sejam índios;aos que reassumem seus processos históricos,parabéns,é um novo paradigma de evolução neste país,mas aqueles que fazem uso de nossa velhacaria secular,é preciso punição e divulgação,para avisar aos demais e respeitar aqueles que morreram e vivem por seu jeito de ser,viver,sentir e agir,que ritualisticamente não deixam de ser invocados nestas "emergências",fora que oneram o auxílio aos outros,grato!!!!

Tribo Tremembé, de Almofala: índios protagonizam projeto em que a história e a memória da comunidade são preservadas

ANOEL LIMA (23/02/2006)
Tribo Tremembé, de Almofala: índios protagonizam projeto em que a história e a memória da comunidade são preservadas
Gestora do Museu dos Inhamuns, em Tauá, Dolores Feitosa é exemplo do carinho pela memória do Estado

O acervo possui para mais de 1 mil itens em exposição que contam um pouco da história da ocupação do Ceará, desde a pré-história, com registros de pinturas rupestres, armas em pedra lascada e polida, fósseis e, em especial, objetos das elites interioranas do período colonial. Além do registro histórico, revelando hábitos, fatos e personalidades do período, cada peça pertencente ao Museu dos Inhamuns, no município de Tauá, é marcada pela paixão e a atenção com a memória de seus cuidadores, o casal Joaquim de Castro Feitosa e Maria Dolores de Andrade Feitosa.

Hoje, presidente da Fundação Bernardo Feitosa, criada após o falecimento do marido, Dolores lembra com orgulho o trabalho de coleção desenvolvido ao longo de décadas pelos dois por mero fascínio e vontade de perpetuação dessa memória. "Éramos originários de famílias tradicionais. Eu, de Sobral; ele, lá dos Inhamuns. Nós já tínhamos uma convivência (com os objetos coletados). Era um assunto usual nas nossas famílias as histórias tradicionais e até os objetos que faziam parte dessa história", lembra Dolores.

A coleção começou a ser montada no início dos anos 1950, pouco depois do casamento de Dolores, inicialmente, com peças ligadas a essa história colonial que suas casas. Depois, com peças que paulatinamente iam adquirindo. "Meu marido era engenheiro agrônomo, viajava muito pelo interior, onde ele achava alguma coisa, ou que quisessem dar ou vender, ele comprava", lembra. O acervo gradualmente foi se avolumando e organizado da melhor forma possível na varanda da casa, em Fortaleza. "Morávamos na rua Monsenhor Bruno e tinha um varanda muito larga. Nós fechamos e ali fizemos um espaço, um abrigo para a coleção. Até uma espécie de cofre com visor para expor as joias nós tínhamos", complementa.

Os escritores Darcy Ribeiro e Eduardo Campos estão entre os ilustres que visitaram a coleção à época, lembra Dolores, dando a dimensão que o ato, a priori amador e caseiro, pouco a pouco tomava. Na década de 1980, a coleção já se amontoava na varanda e guardava peças de grande valor histórico, como um pilão de pedra indígena conseguido na Serra da Ibiapaba e as joias antigas da família. O tempo livre, fruto da aposentadoria dos dois, e a falta de espaço foram o motor para que no fim daquela mesma década se mudassem para Tauá, interessados em dar um novo passo na vida de um colecionador: fundar um museu.

"A gente tinha dúvida de que talvez a sociedade não entendesse o valor. Não compactuasse do valor que nós estávamos dando. Então, fizemos uma exposição em um clube. Foi uma coisa feita amadoristicamente, como quase tudo nosso é. Em dois dias, recebemos 800 visitas", conta. O sonho veio em 1989, com a cessão do prédio da antiga Cadeia Pública de Tauá para abrigar a coleção, que agora compunha o acervo do Museu dos Inhamuns.

Acervo

O museu abriga hoje, além das peças do período colonial, um vasto acervo arqueológico e paleontológico, como ossos de preguiça gigante que habitavam a região alguns milênios atrás. Para Dolores, uma mostra abrangente do que explica o que é o sertão cearense. "Nossos avós, realmente, são os indígenas. Dividimos o acervo cronologicamente. Tem uma sala de paleontologia, uma sala de arqueologia. Temos a coleção do período colonial, a sala de aristocracia rural", ilustra.

Com uma boa vivência na área e conhecedora da maioria dos museus do interior do Estado, Dolores avalia que nenhum outro tem a diversidade e relevância de peças que possuem, "exceto Sobral, que eu não chamo nem interior, viu", completa.

Apesar da relevância do acervo que possui e da sobriedade que têm sua cuidadora em articular ações, a dificuldade financeira é uma constante que assola o Museu dos Inhamuns. Aos 87 anos, 60 deles dedicado à museologia, Dolores tem ainda vigor para reclamar e cobrar atenção para o setor tanto pelo setor público quando privado.

Ela é uma das figuras bastante atuantes do Sistema Estadual de Museus, promovendo cursos de formação, inscrevendo-se em editais e buscando parcerias. O museu funciona hoje como Ponto de Cultura. "Nós temos uma significação muito grande, somos um exemplo muito bom para os museus interioranos. Mas temos uma deficiência grande de recursos humanos, embora fazendo esses cursos, as oficinas... Nós temos dificuldades principalmente da mola do mundo (dinheiro)", lamenta e completa. "É questão de amor, amor verdadeiro pelo museu", conta a gestora.

Comunidades e as casas da memória

Resgatando histórias ignoradas pelos acervos de museus tradicionais, os museus comunitários trabalham a memória sob perspectiva social, pedagógica e ideológica junto a aldeamentos indígenas, a grupos quilombolas, comunidades de pescadores e áreas de conservação ambiental. Os registros dos feitos grandes líderes e representantes das classes dominantes cedem espaço para os de homens comuns, elementos da natureza e do cotidiano dessas comunidades, que se revelam protagonistas dessa reconstrução do passado, elegendo eles próprios o que lembrar e o que esquecer. No Ceará, 20 destas iniciativas já se organizam em torno da Rede Cearense de Museus Comunitários, como uma maneira de fortalecer os projetos e dar visibilidade às suas atividades.

O historiador João Paulo Vieira, coordenador do projeto Historiando (que realiza atividades museológicas, a partir de pesquisas coletivas sobre história e patrimônio de pequenas comunidades) e membro da recém criada rede destaca algumas destas iniciativas no Estado. Para ele, os museus indígenas figuram entre os protagonistas destas novas histórias, utilizando a museologia como recurso para o reconhecimento e afirmação de suas identidades, além de preservação da cultura, sendo os museus instrumentos na luta pela demarcação de terras. "Esses grupos perceberam o poder da memória no sentido de articular e de disputar um espaço dentro das políticas públicas patrimoniais e de memória, e começam a utilizar uma invenção do dominante, do colonizador, que são os museus, para afirmarem suas existências", argumenta.

A ideia é quebrar com a postura tradicional que preserva a versão da história pelo ótica do dominante - preservando, por exemplo, o chamado patrimônio de pedra e cal, como Casa de Câmara e Cadeia, sobrado suntuosos, enquanto destrói vilas operárias e casas de pescadores - e construir coletivamente a memória dessas comunidades. "Esses museus estão tentando atribuir significados e sentidos a esse patrimônio cultural dessas populações, dessas comunidades, que muitas vezes não são reconhecidas pelo poder público, por estarem à margem dos bens que são considerados patrimônio nacionais e estaduais", reforça.

João Paulo cita o exemplo do acervo do Museu do Ceará sobre escravidão, formado na perspectiva tradicional, que traz apenas objetos dos utilizados pelos donos de escravos, principalmente ligados à tortura, como algemas, gargalheiras, o tronco e a mesa em que se assinou a abolição. "Mas o negro enquanto sujeito, os objetos de culto, do cotidiano, não estão presentes nessas exposições", observa.

Sob a proposta de incluir a perspectiva das comunidades, o próprio território que habitam vira objeto do museu. Os bens naturais como rio, árvores, o patrimônio vivo, os saberes, também são "musealizados". No acervo dos museus indígenas, é possível encontrar elementos do cotidiano, como armadilhas tradicionais para caça, objetos para pesca, tarrafas, artesanato, utensílios ritualísticos, mas também fotografias dos processos de articulação comunitária, dos saberes e fazeres tradicionais.

Pedagogia

O museu dos índios Canindé do município de Aratuba (há 128 km de Fortaleza) foi o primeiro go gênero no Estado. Criado em 1994 por iniciativa do Cacique Sotero, foi aberto ao público no ano de 2002, desenvolvendo um trabalho em consonância com a escola indígena diferenciada. "Muitas vezes as escolas indígenas não têm material didático apropriado. Têm dificuldade na execução das suas disciplinas diferenciadas e os museus se tornam um espaço onde eles podem, realmente, a partir da cultura material, a partir do acervo que está ali exposto, pensar e refletir sobre sua própria historicidade", explica João Paulo.

Outras experiências que exploram esse caráter pedagógico são os chamados ecomuseus. João Paulo destaca duas iniciativas, em Maranguape, na comunidade de Cachoeira, e em Fortaleza, com o Ecomuseu do Mangue da Sabiaguaba. "Eles têm uma trilha onde os visitantes andam pelo mangue, conhecendo a vegetação a fauna e também discutindo o mangue como o berçário da vida no mar", ilustra. Em ambos, o foco não é a memória em si, mas o trabalho ecológico e de educação ambiental.

Entre as 20 comunidades que apresentam trabalhos na área e participam da Rede Estadual de Museus Comunitários estão ainda a Colônia Z8 de Pescadores, Associação dos Moradores do Titãzinho, em Fortaleza, os índios do município de Poranga, os Tremembé de Almofala (em Itarema), Tapebas (Caucaia), além de entidades e projetos em diversas comunidades do Estado. "Já tivemos uma primeira reunião. Vamos criar um site para informar tudo o que se passa nesse processo de musealização, dando visibilidade a essas iniciativas", projeta.

FÁBIO MARQUES
REPÓRTER

Museus indígenas e comunitários no Ceará!‏

Oi João Paulo,

Boa notícia. É importante que essas experiências sejam divulgadas e fomentadas. Sobre a reunião, como é início de ano creio que nossas agendas não estejam tam cheias assim. farei o possível pra participar dessa, já que na outra fiquei impossibilitado.

Att,

Weibe Tapeba

De: João Paulo
Para: temince
Enviadas: Segunda-feira, 9 de Janeiro de 2012 16:51
Assunto: [temince] Museus indígenas e comunitários no Ceará!


Olá a tod@s,
Encaminhando matéria do Diário do Nordeste que fala sobre os museus indígenas e comunitários no Estado bem como da Rede Cearense de Museus Comunitários.
Abraços,
João Paulo Vieira
Projeto Historiando


http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1090980

EXEMPLO
Os milagres do santo da casa

REPASSAR , CASO VC CONCORDE - eu concordo e apoio‏

É assim que começa.

Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços,e pedir a cada um deles para fazer o mesmo..
Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem.. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.


Lei de Reforma do Congresso de 2011

(emenda da Constituição)


Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)

1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente somente pelo mandato.

2. O Congresso contribui para o INSS. Todo a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

3. Congresso deve pagar seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.

5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.

6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem ao povo brasileiro.

7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.

Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta emenda na Constituição é AGORA.

É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO.




Se você concorda com o exposto, REPASSE, Se não, basta apagar

Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO.

Posseiro invade casa indígena na Aldeia Cajueiro em Poranga Ceará.‏***OPORTUNIDADE DE CAPACITAÇÃO DE ALTO NÍVEL EM FORTALEZA‏

Meu parente,

Como falamos ao telefone, estrategicamente voc~es de fato devem agurdar o prazo estabelecido por vocês. Amanhã cedo aguardo notícias para que possamos definir alguma medida que deverá ser adotada. Sei da importância de defender nossos direitos e interesses e tenho convicção da legitimidade de qualquer ação que vocês definirem ser a ideal nesse momento.

Att,

Weibe Tapeba
Assistente Técnico da CR-Fortaleza/FUNAI

De: jorge da silva gomes
Para: temince@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 9 de Janeiro de 2012 15:55
Assunto: [temince] Posseiro invade casa indígena na Aldeia Cajueiro em Poranga Ceará.


Posseiro invade casa indígena da Aldeia Cajueiro em Poranga Ceará.
No final do ano passado um posseiro que não morava na Aldeia Cajueiro ameaçou ir morar em uma casa onde nós povos indígenas reformamos para a ida de uma família indígena para a mesma que já era habitada por outra família que teve de sair por problemas de saúde ocasionada pela a falta e má qualidade de água. Quando fomos avisados da vida do posseiro, denominado como Manoel Velho, logo nos reunimos e ocupamos a casa e quando ele ficou sabendo da nossa ocupação o mesmo colocou suas coisas em outra casa fora da aldeia.
No dia 7 deste, sábado passado, o Sr. Manoel Velho como é conhecido nos pegou de surpresa invadiu a casa, no mesmo dia quando ficamos sabendo fomos até a casa e avisamos o mesmo que ele não poderia ficar residindo na mesma, ele falou que não ia sair.
Na noite do sábado nos reunimos todos da aldeia Cajueiro para tratarmos deste assunto delicado para nosso povo e durante a reunião decidimos dar um prazo para ele se retirar da casa. O prazo dado para mesmo se retirar é até as 8 horas do dia 10, terça-feira. Até o momento o mesmo não se retirou, já avisamos para a Funai e aguardamos a vinda do responsável pela Funai no Ceará para contribuir com o nosso povo neste sentido, pois estamos decididos a retirar o mesmo depois do prazo estabelecido.
Que a força dos nossos encantados, da mãe jurema, da mãe tamain e de Pai Tupã estejam com nossas lideranças para que possamos resolver tudo em paz. Estamos certos de que devemos proteger as nossas terras.
Precisamos de muita apoio para que possamos resolver tudo em paz.
Abraços a todos Jorge Tabajara

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CURSO DE TEATRO PARA EXECUTIVOS

O Instituto de Capacitação Business School Brasil-BSB www.BSBr.com.br está ofertando a 5ª edição do Curso Preparatório para Certificação Project Management Professional - PMP®/Certified Associate In Project Management - CAPM®.

OBJETIVO
•Preparar gestores de projetos para obter a Certificação PMP® ou CAPM®
do Project Management Institute - PMI®.

•Habilitar o participante para fazer um acompanhamento rigoroso de projetos usando as melhores práticas de projeto do PMBOK - Project Management Body of Knowledge.

OBS. A Siderúrgica do Pecém, vai contratar mais de 14.000 funcionários, dos quais, mais de 200 gerentes de projetos certificados. Salários variando de 5.000,00 a 25.000,00.

INÍCIO 21 DE JANEIRO 2012.

E o CURSO DE TEATRO PARA EXECUTIVOS



O Instituto de Capacitação Business School Brasil (BSB) está ofertando a 3ª edição Curso de Teatro para Executivos tem o objetivo de levar ferramentas das artes cênicas para apoiar o desenvolvimento da comunicação dos profissionais. São aulas voltadas para pessoas que ocupam cargos de liderança e precisam dessa desenvoltura na hora de lidar com suas equipes.



DESAFIO:



Muitos profissionais contam com boa capacitação técnica, mas não conseguem se comunicar bem e encantar as suas próprias equipes.



A QUEM SE DESTINA:



Executivos, profissionais liberais, professores, e o público em geral que procuram melhorar suas habilidades de comunicação.



PRINCIPAIS TÓPICOS DO PROGRAMA:



•O teatro como facilitador das relações humanas e da criatividade;

•Desfazendo alguns mitos relativos ao significado da criatividade;

•A respiração e as técnicas de relaxamento como fonte de controle emocional;

•Expressão corporal: quebrando as rugas de raiz do corpo;

•Exercitando o colorido da fala: tom, ritmo e variação, para encantar, conquistar e influenciar pessoas;

•Exercitando a fala do corpo: a postura, a gesticulação, a identificação dos sinais do corpo;

•Improvisação: trabalhando o seu poder criativo.



METODOLOGIA:



As 16 horas de treinamento serão desenvolvidas em caráter interativo e vivencial:

• Curso tem a proposta de desenvolver habilidades de exposição pública dos profissionais e melhorar na comunicação com as pessoas.

• Saber improvisar, se expressar bem em público e entender como os gestos e a movimentação do corpo compõem a mensagem são atributos comuns aos atores – mas que, acreditam alguns profissionais, podem ser úteis também no mundo dos negócios.

• Apresentação dialogada de conceitos.

• Compartilhamento de práticas e experiências da facilitadora.



VAGAS LIMITADAS :



• São apenas 15 vagas disponíveis para um melhor aproveitamento do conteúdo apresentado e para garantir qualidade no processo de capacitação.

• Garanta logo a sua vaga



DATAS E HORÁRIOS:



21 e 28 de Janeiro 4 E 11 de Fevereiro / 2012, sábados, das 8h30 às 12h.



CERTIFICAÇÃO:



Será concedido certificado para os participantes



INVESTIMENTOS:

Matrícula de R$ 287,14 + 3 parcelas 204,22



FACILITADORA:



NAZARÉ FONTENELE LIMA, graduada em Estudos Sociais, História, Especialização em Turismo. Formação Especial: Teatro e Folclore. Fundadora e Diretora do Grupo deTeatro EM CENA. Professora de teatro há mais de 30 anos. Foi Coordenadora de Cultura da Fundação Alfredo Ferreira Lage da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora (MG). Professora de História, Teatro, Educação Artística, Turismo, Folclore, Oratória, em Minas Gerais e Fortaleza. Instrutora nos Cursos de extensão e pós-graduação de Teatro.

A TERAPIA DA COMUNICAÇÃO

“A língua serena é árvore de vida, 
mas a perversa quebranta o espírito.”
Pv 15.4

A língua é como o leme de um navio. Quem domina a sua língua, domina todo o seu corpo. A língua pode ser um bálsamo que alivia ou como vinagre na ferida. A língua pode ser remédio que cura ou veneno que mata. Pode ser uma fonte de refrigério ou fogo que se espalha. Pode ser árvore de vida ou tormento de morte. A língua serena é árvore de vida, alimenta, instrui e conduz pelos caminhos da vida abundante. A língua serena é a terapia da alma, um refrigério para o coração.