quarta-feira, 31 de março de 2010



Fontes de informação

  • CASPAR, Franz. Ein Kulturareal im Hinterland der Flüsse Guaporé und Machado (Westbrasilien), dargestellt nach unveröffentlichten und anderen wenig bekannten Quellen, mit besonderer Berücksichtigung der Nahrungs- und Genussmittel, Universität Hamburg, 1953. (Tese de doutorado)


--------. “A expedição de P.H. Fawcett à tribo dos Maxubi em 1914”. In: Anais do XXXI Congresso Internacional de Americanistas. São Paulo, 1955, pp. 113-120.

--------. Tuparí. Entre os índios, nas florestas brasileiras. São Paulo: Melhoramentos,1958.

--------. Die Tuparí: Ein Indianerstamm in Westbrasilien, Monographien zur Völkerkunde herausgegeben vom Hamburgischen museum für Völkerkunde, VII, Berlin - New York: Walter de Gruyter, 1975.

  • FAWCETT, Percy Harrison. “Bolivian Exploration, 1913-1914”. In: Geographical Journal. London, 1915, vol. 45, pp. 219-228, com 7 fotos e 1 mapa.


--------. Exploration Fawcett [edited by Brian Fawcett], London: Hutchinson, 1953.

  • MALDI, Denise. “O Complexo Cultural do Marico: Sociedades Indígenas dos Rios Branco, Colorado e Mequens, Afluentes do Medio Guaporé”. In: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Antropologia. 1991, vol. 7, n. 2, pp. 209-269.
  • MINDLIN, Betty. Tuparís e Tarupás: Narrativas dos índios Tuparís de Rondônia. São Paulo: Editora Brasiliense / Editora da Universidade de São Paulo / Instituto de Antropologia e Meio Ambiente, 1993.


--------& Narradores Indígenas. Moqueca de maridos: mitos eróticos. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos, 1997.

--------. Terra grávida. Rio de Janeiro: Editora Rosa dos Tempos, 1999.

  • MOORE, Denny. Glossário Tuparí-Jaboti-Arikapú [manuscrito não-publicado, 4 pp., 77 entradas Arikapú gravado de uma mulher bilingual Djeoromitxí-Arikapú em julho de

1988. Arquivo do Museu Goeldi [Belém], Rondônia, 1988.

  • NIMUENDAJÚ, Curt. Cartas do Sertão de Curt Nimuendajú para Carlos Estevão de Oliveira. Apresentação & Notas: Thekla Hartmann. Lisboa: Museu Nacional de Etnologia, Assírio & Alvim, 2000.
  • PIRES, Nádia Nascimento. Estudo da gramática da língua Jeoromitxí (Jabutí) – aspectos sintáticos das cláusulas matrizes. Campinas, 1992. (Dissertação de mestrado)

  • PIRES, Nádia Nascimento, José Roberto Jabutí & Vandete Jabutí. Livro de alfabetização em Djeoromitxí (Jabutí). Belém: Museu Goeldi, 1994.


--------. Livro de escrita em Djeoromitxí (Jabutí). Belém: Museu Goeldi, 1995.

  • RIBEIRO, Eduardo & VOORT, Hein van der. “A inclusão das línguas Jabuti de Rondônia no tronco Macro-Jê”, contribuição ao IV Encontro Internacional sobre Línguas e CulturasMacro-Jê. Recife, Pernambuco, dias 3 a 5 de novembro de 2005.

    --------. no prelo. “Nimuendajú was right: The inclusion of the Jabuti language family in the Macro-Jê stock”. In: International Journal of American Linguistics.
  • RODRIGUES, Aryon Dall'Igna. Línguas Brasileiras: Para o Conhecimento das LínguasIndígenas, São Paulo: Edições Loyola, 1986.
  • SNETHLAGE, Emil Heinrich. Atiko Y, meine Erlebnisse bei den Indianern des Guaporé,Berlin: Klinkhardt & Biermann Verlag, 1937.

--------. Musikinstrumente der Indianer des Guaporégebietes, Baessler-Archiv, Beiträge zur Völkerkunde, Beiheft X, Berlin: Dietrich Reimer - Andrews & Steiner, 1939.

  • SILVA, Maria do Socorro Pimentel da. “Djeoromitxí: Uma língua indígena ameaçada de extinção em contexto multilingüe”. In: Leo Wetzels (org.), Language endangerment and endangered languages. Indigenous Languages of Latin America (ILLA) 5, Leiden:CNWS Publications, 2007, pp. 51-58.
  • VOORT, Hein van der. “Proto-Jabutí: Um primeiro passo na reconstrução da língua ancestral dos Arikapú e Djeoromitxí”. In: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi (Ciências humanas), 2007.

Trabalhos em Madeira-Indígenas

Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e à dança.
Sobre o ressurgimento de povos indígenas que durante décadas vinham sobrevivendo no anonimato; trata do resgate e da construção social e visual - de sua auto-imagem no processo de ressurgência étnica e de suas relações no âmbito do indigenismo oficial e do movimento indígena. São essas questões que, observadas através do vídeo e da fotografia, nos levam a duas vertentes: uma de efeito do conhecimento antropológico a respeito da problemática indígena contemporânea no Brasil e a outra, no sentido de contribuir para desenvolver capacidades de observar ações (antropológicas) no campo da visualidade. O trabalho visa a observar as relações entre a representação (indígena) e a imagem como um retomo a si mesmo, isto é, de entrever o passado desses povos em imagens do presente e, também, de gerar reações e reflexões sobre as condições históricas e atuais das populações indígenas, em cujo espaço temporal (atual), os indivíduos e suas comunidades compõem sua própria forma de "mostrar-se" ao mundo (como índios) com "novas" especificidades étnicas, que, ao reapropriar-se de sua cultura, re-atualizam sua imagem e, através dela, comunicam sua identidade étnica atual numa tentativa de restaurar, também, sua memória: o que permite, nesta pesquisa, caracterizar o tratamento histórico atribuído aos índios, enquanto que, paralelamente, o registro imagético possibilita, também, construir ou formar arquivos dos índios no Brasil.
Conclusão
Antropólogo descobre cinco povos ressurgidas no sertão nordestino o
antropólogo e fotógrafo Siloé Soares de Amorin pernoitou entre 1999 a 2002.
em casas de sapé e em redes estendidas no precário. Peregrinou no alto sertão alagoano e baiano, para acompanhar e documentar o ressurgimento de povos indígenas.
No levantamento, transformado em tese orientada pelo professor Fernando de Tacca e que acaba de ser defendida no Instituto de Artes da Unicamp, Amorim fez o inventário étnico de cinco povos ressurgidos: Kalankó, Karuazu, Catókinn, Koiunpanká e Tumbalalá, em Alagoas, e o último na Bahia. Fazem parte também do resgate étnico o uso do arco-e-flecha e de cocares, e a pintura. Nesse sentido, o ressurgimento aculturado, de índio acoboclado ou integrado, usados pelo discurso oficial integrado, usados pelo discurso oficial vai acabar com os conceitos de índio aculturado, de índio acoboclado ou integrado, usados pelo discurso oficial para identificá-los. “Índio hoje é aquele que se auto-reconhece como tal. A Constituição de 1988 garante esse direito”, historia o antropólogo. Entretanto, a busca por uma identidade não tem sido das mais fáceis. Os líderes tribais recorreram ao atalho e buscaram apoio de representantes dos poderes públicos locais.
Genérica de índio ou Indígena: Observação: Falar hoje de índios no Brasil significa falar de uma diversidade de Valorização Positiva da denominação dos povos, habitantes originários das terras conhecidas na atualidade como continente americano. São povos que já habitavam há milhares de anos essas terras, muito antes da invasão européia. Segundo uma definição técnica das Nações Unidas, de 1986, as comunidades, os povos e as nações indígenas são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua identidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos.
Entre os povos indígenas existem alguns critérios de autodefinição mais aceitos, embora não sejam únicos e nem excludentes: Continuidade histórica com sociedades pré-coloniais. Estreita vinculação com o território. Sistemas sociais, econômicos e políticos bem definidos Língua, cultura e crenças definidas.
Opressão negado por vergonha, ou orgulho.Cultura particular,despeito em todas os âmbitos.Povo que preserve suas tradições.
Assegurados e adormecidos. Superação dos sentimentos de inferioridade reafirmação das identidades étnicas Construção de uma política pan-indigena;superação do trágico projeto de extinção dos índios.
Indio ou Indígena: Entre eles há inúmeros exemplos de que os limites culturais entre os indígenas e a sociedade ocidental têm se transformado e defende que só a educação é capaz de garantir a qualidade de vida das futuras gerações indígenas. Enquanto acesso a tecnologia e a universidades fazem parte da vida de alguns povos, outros enfrentam altas taxas de mortalidade infantil e sequer sabem o que é uma crise.

Ritos e Mitos - Indígenas

Ritos e Mitos, Pintura Arte: No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Estes ritos se ligam a gestação e ao nascimento, à iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras situações.
Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo), a maior parte acredita em heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e costumes.
Índia, menina indígena
ARTE:
meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena.

Educ. Escolar Indígena

Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por lingüistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas diferentes de conjugar o verbo no passado.

Realidades a serem desenvolvidadas;



Pintura Corporal - Indígenas

Arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um Cultura Indígena: O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os índios pode evitar o desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de informações de povos indígenas.





indios no Ceara

INDÍGENAS no Estado do Cerá, são 22 mil indígenas, 20 Aldeias e 15 Etnias ( Potyguara, Tremembé, Tapeba, kalabaça, Tabajara, Pitaguary, Kariri de Crateús, Kariri de São Benedito e Sobral, Jenipapo -Kanindé, Kanindé de Caninde Kaninde de Aratuba, Gavião, Tubiba Tapuya e Guarany.
Índios brincando no rio.
Cultura Indígena: O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os índios pode evitar o desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de informações de povos indígenas.
Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por lingüistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas diferentes de conjugar o verbo no passado.
Ritos e Mitos, Pintura Arte: No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Estes ritos se ligam a gestação e ao nascimento, à iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras situações.
Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo), a maior parte acredita em heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e costumes.
Índia, menina indígena
ARTE:
A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena.
Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e à dança.
Sobre o ressurgimento de povos indígenas que durante décadas vinham sobrevivendo no anonimato; trata do resgate e da construção social e visual - de sua auto-imagem no processo de ressurgência étnica e de suas relações no âmbito do indigenismo oficial e do movimento indígena. São essas questões que, observadas através do vídeo e da fotografia, nos levam a duas vertentes: uma de efeito do conhecimento antropológico a respeito da problemática indígena contemporânea no Brasil e a outra, no sentido de contribuir para desenvolver capacidades de observar ações (antropológicas) no campo da visualidade. O trabalho visa a observar as relações entre a representação (indígena) e a imagem como um retomo a si mesmo, isto é, de entrever o passado desses povos em imagens do presente e, também, de gerar reações e reflexões sobre as condições históricas e atuais das populações indígenas, em cujo espaço temporal (atual), os indivíduos e suas comunidades compõem sua própria forma de "mostrar-se" ao mundo (como índios) com "novas" especificidades étnicas, que, ao reapropriar-se de sua cultura, re-atualizam sua imagem e, através dela, comunicam sua identidade étnica atual numa tentativa de restaurar, também, sua memória: o que permite, nesta pesquisa, caracterizar o tratamento histórico atribuído aos índios, enquanto que, paralelamente, o registro imagético possibilita, também, construir ou formar arquivos dos índios no Brasil.
AÇÕESQUE PODEM REVERTER O QUADRO HISTÓRICO ATUAL:
Relato do primeiro Indígena a exercer um cargo na Administração pública.
Joel Oro Nao`, indígena da etnia Oro Nao` e originário da aldeia Sotério (RO) foi escolhido aos 42 anos para ocupar o cargo de administrador-regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Guajará-Mirim (RO).
Durante 30 anos a função foi exercida por não-índios. "Chegou momento em que liderança indígena não ficou mais satisfeita com administração não-indígena. Sempre teve movimento indígena. Aí o presidente da Funai indicou duas pessoas de confiança dele, e três indígenas participaram da votação. Foi eleita uma liderança indígena", assim Joel explica o modo como foi escolhido administrador.
A eleição do indígena para o cargo aconteceu em 25 de maio deste ano, mas só no começo de outubro foi assinada uma portaria, oficializando seu mandato. "O presidente da Funai me convidou pra ir a Brasília. Passei uma semana com ele. Ele me deu orientação de como fazer com um cargo federal, que é cargo público e trabalha com gente grande", diz Joel.
O novo administrador da Funai em Guajará-Mirim é professor há 20 anos e se diz preparado para exercer a gestão regional da fundação. Hoje, ele vive com a esposa numa aldeia pequena chamada Baia da Coca, na Terra Indígena Rio Guaporé (RO). Confira, a seguir, a entrevista que ele concedeu ao site Amazonia.org.br, em que fala sobre a situação dos índios da região e os projetos que espera realizar enquanto novo chefe regional da Funai.
Segundo o indígena Joe Oro Nao´diz: Porque acredito que os não-indios achavam que a gente não tinha competência, nem responsabilidade para assumir o cargo. Até hoje, eles falam que a gente não é capaz. Mas, hoje tem muito índio estudado, que faz pedagogia ou estuda outras áreas. Eu estudo Pedagogia. Faço licenciatura intercultural, para conhecer mais a tradição indígena. Esse curso que estou fazendo é uma forma de valorizar mais a nossa cultura, para conhecer mais a nossa língua. E é tão importante, porque tem muita etnia em que estão extintas sua língua e sua cultura. Hoje estamos resgatando o que foi perdido e pesquisando com os mais velhos, que estão morrendo. Está na hora de buscarmos esse conhecimento e registrar no papel.
As Terras Indígenas (TIs) de Rondônia estão todas demarcadas. Cada aldeia vive naquele pedaço de terra e o fazendeiro também respeita o território do próximo. Tem um pequeno problema aqui sobre madeireiros e pequenos pescadores nos rios. Mas, tem fiscalização para isso e recursos para fiscalizar área indígena. Tem equipe que fica dez, 20 dias, ou até um mês fazendo rodízio, entrando nas Tis para fiscalizar. Estamos trabalhando em parceria com a polícia florestal ambiental.
Eu sempre fui liderança indígena, e viajava muito, mas nunca sonhei que ia assumir um cargo desses. Tem outras pessoas que poderiam assumir, mas as lideranças indígenas preferem que eu assuma porque eu sou humilde, tenho diálogo com todo mundo, procuro melhorar as coisas e busco saber mais de autoridades, indígenas, deputados, senadores, vereadores e prefeitos. Procuro me envolver com essa turma para entender como funciona a sociedade não-indígena.
Foi gratificante para mim. Ele me deu muita força, deu muito conselho e a palavra segura: "Joel, você é administrador, é reconhecido pela nação. Seu nome tramitou pelo Congresso, parou na Casa Civil. Quem assinou seu decreto foi a Dilma [ministra da Casa Civil, Dilma Roussef], você é autoridade. Os outros funcionários da Funai em Guajará-Mirim são subordinados a você, e você é subordinado a Brasília. Você tem seu assessor de confiança em Guajará, e eu tenho assessor de confiança aqui em Brasília. Você que assina documento e determina tudo o que vocês querem dentro da aldeia".
No começo, a gente sente dificuldade. Quando assumi, senti um pouco, mas tem pessoas com experiência lá dentro que me ajudaram muito. Falaram sobre documentação. Conheci cada setor: de pessoal, assistência social, patrimônio, educação, secretaria. Mas tem vários setores lá dentro, conversei com eles, e eles vão me apoiar e estão apoiando. Tem aqueles que não estão satisfeitos com a minha administração e dizem que não querem ser subordinados a índio. E estou seguindo a ordem do presidente da Funai, que diz que a autoridade máxima lá sou eu. Eu falo para eles: "Mesmo que vocês não queiram que índio assuma, agora um índio assumiu, e vocês têm que aceitar. Se vocês não aceitarem, isso se chama discriminação". Falei duro com eles e disse que não vou tratar ninguém gritando. Falei que temos que fazer união para trabalhar pelo povo indígena. Não é questão de funcionário. O funcionário pode sair amanhã, mas Funai não. A Funai é do índio. Eu sou autoridade e uso esse argumento para eles me respeitarem desde o inicio.
A saúde indígena também não está muito boa. Quero trabalhar em parceria com a Funasa [Fundação Nacional de Saúde], para somar forças. Ficaria dificil se o recurso não viesse diretamente para a Funai. A vantagem é que faço o projeto e quando ele é aprovado, o recurso vem diretamente para a Funai. Então, tem como eu administrar o projeto para ter bom resultado na aldeia. Já sentei com as lideranças indígenas. Meu trabalho vai ser transparente para meu povo. Vou mostrar onde foi gasto e quanto de recurso chegou. Quero mostrar nota fiscal para eles [os índios]. Porque quero trabalhar com ética, com responsabilidade, pra mostrar que índio também é capaz de administrar.

CEARÁ-FORTALEZA-SEDE DA FUNAI - indigenas:

INDÍGENAS no Estado do Cerá, são 22 mil indígenas, 20 Aldeias e 15 Etnias ( Potyguara, Tremembé, Tapeba, kalabaça, Tabajara, Pitaguary, Kariri de Crateús, Kariri de São Benedito e Sobral, Jenipapo -Kanindé, Kanindé de Caninde Kaninde de Aratuba, Gavião, Tubiba Tapuya e Guarany.
Índios brincando no rio.
Cultura Indígena: O esforço das autoridades para manter a diversidade cultural entre os índios pode evitar o desaparecimento de muita coisa interessante. Um quarto de todas as drogas prescritas pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de informações de povos indígenas.
Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por lingüistas como a língua grega, por sua riqueza estrutural - possui, por exemplo, doze formas diferentes de conjugar o verbo no passado.
Ritos e Mitos, Pintura Arte: No Brasil, muitas tribos praticam ritos de passagem, que marcam a passagem de um grupo ou indivíduo de uma situação para outra. Estes ritos se ligam a gestação e ao nascimento, à iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte e a outras situações.
Poucos povos acreditam na existência de um ser superior (supremo), a maior parte acredita em heróis místicos, muitas vezes em dois gêmeos, responsáveis pela criação de animais, plantas e costumes.
Índia, menina indígena
ARTE:
A arte se mistura a vida cotidiana. A pintura corporal, por exemplo, é um meio de distinguir os grupos em que uma sociedade indígena se divide, como pode ser utilizada como enfeite. A tinta vermelha é extraída do urucum e a azul, quase negro, do jenipapo. Para a cor branca, os índios utilizam o calcário. Os trabalhos feitos com penas e plumas de pássaros constituem a arte plumária indígena.
Alguns índios realizam trabalhos em madeira. A pintura e o desenho indígena estão sempre ligados à cerâmica e à cestaria. Os cestos são comuns em todas as tribos, variando a forma e o tipo de palha de que são feitos. Geralmente, os índios associam a música instrumental ao canto e à dança.
Sobre o ressurgimento de povos indígenas que durante décadas vinham sobrevivendo no anonimato; trata do resgate e da construção social e visual - de sua auto-imagem no processo de ressurgência étnica e de suas relações no âmbito do indigenismo oficial e do movimento indígena. São essas questões que, observadas através do vídeo e da fotografia, nos levam a duas vertentes: uma de efeito do conhecimento antropológico a respeito da problemática indígena contemporânea no Brasil e a outra, no sentido de contribuir para desenvolver capacidades de observar ações (antropológicas) no campo da visualidade. O trabalho visa a observar as relações entre a representação (indígena) e a imagem como um retomo a si mesmo, isto é, de entrever o passado desses povos em imagens do presente e, também, de gerar reações e reflexões sobre as condições históricas e atuais das populações indígenas, em cujo espaço temporal (atual), os indivíduos e suas comunidades compõem sua própria forma de "mostrar-se" ao mundo (como índios) com "novas" especificidades étnicas, que, ao reapropriar-se de sua cultura, re-atualizam sua imagem e, através dela, comunicam sua identidade étnica atual numa tentativa de restaurar, também, sua memória: o que permite, nesta pesquisa, caracterizar o tratamento histórico atribuído aos índios, enquanto que, paralelamente, o registro imagético possibilita, também, construir ou formar arquivos dos índios no Brasil.
AÇÕESQUE PODEM REVERTER O QUADRO HISTÓRICO ATUAL:
Relato do primeiro Indígena a exercer um cargo na Administração pública.
Joel Oro Nao`, indígena da etnia Oro Nao` e originário da aldeia Sotério (RO) foi escolhido aos 42 anos para ocupar o cargo de administrador-regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Guajará-Mirim (RO).
Durante 30 anos a função foi exercida por não-índios. "Chegou momento em que liderança indígena não ficou mais satisfeita com administração não-indígena. Sempre teve movimento indígena. Aí o presidente da Funai indicou duas pessoas de confiança dele, e três indígenas participaram da votação. Foi eleita uma liderança indígena", assim Joel explica o modo como foi escolhido administrador.
A eleição do indígena para o cargo aconteceu em 25 de maio deste ano, mas só no começo de outubro foi assinada uma portaria, oficializando seu mandato. "O presidente da Funai me convidou pra ir a Brasília. Passei uma semana com ele. Ele me deu orientação de como fazer com um cargo federal, que é cargo público e trabalha com gente grande", diz Joel.
O novo administrador da Funai em Guajará-Mirim é professor há 20 anos e se diz preparado para exercer a gestão regional da fundação. Hoje, ele vive com a esposa numa aldeia pequena chamada Baia da Coca, na Terra Indígena Rio Guaporé (RO). Confira, a seguir, a entrevista que ele concedeu ao site Amazonia.org.br, em que fala sobre a situação dos índios da região e os projetos que espera realizar enquanto novo chefe regional da Funai.
Segundo o indígena Joe Oro Nao´diz: Porque acredito que os não-indios achavam que a gente não tinha competência, nem responsabilidade para assumir o cargo. Até hoje, eles falam que a gente não é capaz. Mas, hoje tem muito índio estudado, que faz pedagogia ou estuda outras áreas. Eu estudo Pedagogia. Faço licenciatura intercultural, para conhecer mais a tradição indígena. Esse curso que estou fazendo é uma forma de valorizar mais a nossa cultura, para conhecer mais a nossa língua. E é tão importante, porque tem muita etnia em que estão extintas sua língua e sua cultura. Hoje estamos resgatando o que foi perdido e pesquisando com os mais velhos, que estão morrendo. Está na hora de buscarmos esse conhecimento e registrar no papel.
As Terras Indígenas (TIs) de Rondônia estão todas demarcadas. Cada aldeia vive naquele pedaço de terra e o fazendeiro também respeita o território do próximo. Tem um pequeno problema aqui sobre madeireiros e pequenos pescadores nos rios. Mas, tem fiscalização para isso e recursos para fiscalizar área indígena. Tem equipe que fica dez, 20 dias, ou até um mês fazendo rodízio, entrando nas Tis para fiscalizar. Estamos trabalhando em parceria com a polícia florestal ambiental.
Eu sempre fui liderança indígena, e viajava muito, mas nunca sonhei que ia assumir um cargo desses. Tem outras pessoas que poderiam assumir, mas as lideranças indígenas preferem que eu assuma porque eu sou humilde, tenho diálogo com todo mundo, procuro melhorar as coisas e busco saber mais de autoridades, indígenas, deputados, senadores, vereadores e prefeitos. Procuro me envolver com essa turma para entender como funciona a sociedade não-indígena.
Foi gratificante para mim. Ele me deu muita força, deu muito conselho e a palavra segura: "Joel, você é administrador, é reconhecido pela nação. Seu nome tramitou pelo Congresso, parou na Casa Civil. Quem assinou seu decreto foi a Dilma [ministra da Casa Civil, Dilma Roussef], você é autoridade. Os outros funcionários da Funai em Guajará-Mirim são subordinados a você, e você é subordinado a Brasília. Você tem seu assessor de confiança em Guajará, e eu tenho assessor de confiança aqui em Brasília. Você que assina documento e determina tudo o que vocês querem dentro da aldeia".
No começo, a gente sente dificuldade. Quando assumi, senti um pouco, mas tem pessoas com experiência lá dentro que me ajudaram muito. Falaram sobre documentação. Conheci cada setor: de pessoal, assistência social, patrimônio, educação, secretaria. Mas tem vários setores lá dentro, conversei com eles, e eles vão me apoiar e estão apoiando. Tem aqueles que não estão satisfeitos com a minha administração e dizem que não querem ser subordinados a índio. E estou seguindo a ordem do presidente da Funai, que diz que a autoridade máxima lá sou eu. Eu falo para eles: "Mesmo que vocês não queiram que índio assuma, agora um índio assumiu, e vocês têm que aceitar. Se vocês não aceitarem, isso se chama discriminação". Falei duro com eles e disse que não vou tratar ninguém gritando. Falei que temos que fazer união para trabalhar pelo povo indígena. Não é questão de funcionário. O funcionário pode sair amanhã, mas Funai não. A Funai é do índio. Eu sou autoridade e uso esse argumento para eles me respeitarem desde o inicio.
A saúde indígena também não está muito boa. Quero trabalhar em parceria com a Funasa [Fundação Nacional de Saúde], para somar forças. Ficaria dificil se o recurso não viesse diretamente para a Funai. A vantagem é que faço o projeto e quando ele é aprovado, o recurso vem diretamente para a Funai. Então, tem como eu administrar o projeto para ter bom resultado na aldeia. Já sentei com as lideranças indígenas. Meu trabalho vai ser transparente para meu povo. Vou mostrar onde foi gasto e quanto de recurso chegou. Quero mostrar nota fiscal para eles [os índios]. Porque quero trabalhar com ética, com responsabilidade, pra mostrar que índio também é capaz de administrar.

Sobre a Educação Escolar Indígena no Brasil: Situação Atual dos Povos Indígenas no Brasil e seu Contexto se baseia na ideia de que o indígena, seja no passado mais remoto ou no momento atual, seja na Amazônia, na mata atlântica, nas savanas ou nos chapadões, foi sempre uma parte essencial do processo de formação territorial e política do Brasil, construído justamente sobre sua existência e seu trabalho.
Na Pesquisa, Evanir diz:
Disciplina: Situação Atual dos Povos Indígenas no Brasil e seu contexto atual.
População Indígena
Critérios indígenas de auto definição.
Leis sendo estabelecidas ,sendo executadas, todas as ações referente ao indígena sendo assegurados na Lei. Em todos os âmbitos legais referente educação e saúde e terras indígena tudo em trabalho em parceria, em prol do índio.
Questões do Índio Ressurgido, no Nordeste há uma luta em busca do aprendizado da língua materna(Tupi), danças, ritos e mitos.
PRECONCEITOS EXISTENTES
Essa exposição giram em torno de lutas para a tão sonhado estudo antropológico e homologação da Terra indígena, finalmente são “donos”sem a noção de que só poderão fazer uso fruto da terra e não vende-la ou fazer lotes de mais de 10 a 25 hectares por família.
População indígena cresceu 150% na década de 90 O contingente de brasileiros que se consideravam índios cresceu 150% na década de 1990, revela a pesquisa "Tendências Demográficas: uma análise dos indígenas com base nos resultados da amostra dos censos demográficos 1991 e 2000", divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O ritmo de crescimento é quase seis vezes maior do que o da população em geral.
Esta é a primeira vez que o instituto apresenta informações sócio-demográficas sobre a população indígena brasileira.
Em 1991, o percentual de indígenas em relação à população total brasileira era de 0,2%, o equivalente a 294 mil pessoas. Em 2000, este percentual subiu para 0,4% da população ou 734 mil pessoas. O resultado representa um aumento anual de 10,8% da população, a maior taxa de crescimento dentre todas as categorias. O total do país apresentou um ritmo de crescimento no período de 1,6% ao ano.
A hipótese mais provável para justificar esse crescimento, na avaliação do IBGE, é que houve um aumento da proporção de indígenas urbanizados que optaram por se declarar índios no censo 2000. Anteriormente, esta parcela da população se classificava em outras categorias.
Então:
Apesar do "Dia do Índio", que é comemorado no dia 19 de Abril, não tem nada para se comemorar. Algumas tribos indígenas foram quase executadas por inteiro na década de 70 em diante, enquanto estavam fora de seu habitat, quase chegaram a extinção, foram ameaçados por epidemias, diarréia e estradas. Mas hoje, o que parecia impossível está acontecendo: o número de índios no Brasil e na Amazônia está aumentando cada vez mais.
A taxa de crescimento da população indígena é de 3,5% ao ano, superando a média nacional, que é de 1,3%. Em melhores condições de vida, alguns índios recuperaram a sua auto-estima, reintroduziram os antigos rituais e aprenderam novas técnicas, como pescar com anzol. Muitos já voltaram para a mata fechada, com uma grande quantidade de crianças indígenas. Muitos indígenas estão retornando ao seu habitat natural com novas conquistas e aprendizado . Com terras garantidas ,(ainda existem muitas terras a serem demarcada e muitos posseiros agredindo as famílias indígenas) a população crescente, pode parecer que a situação dos índios se encontra agora sob controle. Mas não! O maior desafio da atualidade é manter viva sua riqueza cultural, mitos e rituais. Organização e sobrevivência do Grupo: Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente com a ajuda de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento.
Existe uma divisão de tarefa por idade e por sexo: em geral cabe a mulher o cuidado com a casa, das crianças e das roças; o homem é responsável pela defesa, pela caça (que pode ser individual ou coletiva), e pela colheita de alimentos na floresta.
Os mais velhos - homens e mulheres - adquirem grande respeito da parte de todos. A experiência conseguida pelos anos de vida transforma-os em símbolos de tradições da tribo.
O pajé é uma espécie de curandeiro e conselheiro espiritual.
Garimpeiros, grileiros e posseiros invadem a Terra:
Entre os povos ameaçados estão os indígenas Ianomâmis, que foram os últimos a ter contato com a civilização. Sua população atual chega a pouco mais de 8.000 pessoas. O encontro com garimpeiros, que invadem suas terras, trazem doenças, violência e alcoolismo. Entre os índios, os garimpeiros são conhecidos por outro nome: os "comedores de terras". Calcula-se que 300.000 garimpeiros entraram ilegalmente em terras indígenas na Amazônia. Mas o problema não é insolúvel. Na aldeia Nazaré, onde moram 78 Ianomâmis, foram expulsos pela Polícia Federal.
Além de um conhecimento profundo da vida e dos hábitos dos animais, os índios possuem técnicas que variam de povo para povo. Na pesca, é comum o uso de substâncias vegetais (tingui e timbó, entre outras) que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas mais fáceis. Há também armadilhas para pesca, como o pari dos teneteharas - um cesto fundo com uma abertura pela qual o peixe entra atrás da isca, mas não consegue sair. A maioria dos índios no Brasil pratica agricultura.
Algumas tribos indígenas da Amazônia:

* Arara
* Bororo
* Gavião
* Katukina
* Kayapó
* Kulína
* Marubo
* Sateré - Mawé
* Tenharim E Parintintin
* Tikuna
* Tukâno
* Wai-Wai
* Yanomami

Referências bibliográficas:

ARRUDA, Luis Gomes e Companheiros (s/d) Cultura Oro Wari´
MINDLIN, Betty [ET AL.](2001). Couro dos Espíritos: namoro, pajés e cura entre os índios Gavião-Ikolen de Rondônia
Eu Evanir Jonson, sou mãe de 03 filhos, abençoados e uma verdadeira Herança de Deus e vó de 02 netos(Pedro Vinícios e Luiz Henhique) lindos e maravilhosos. Minha primogenita ja casou e ganhei um abençoado, lindo e amado genro.
Sou evangelica, serva fiel a Deus e amo servir ao meu rei. Solteira a espera de um esposo abençoado por Deus, como Psicopedagoga e educadora amo o que faço, referente aos Indígenas (Educ.Esc.Indigena).
Amo Ler bons livros, ver filmes de romantismo e cozinhar.