quarta-feira, 25 de abril de 2012

[temince] Defesa de dissertação - Aquilo é uma coisa de índios: objetos, memória e etnicidade entre os Kanindé do Ceará‏ Grupos | 19/03/2012 Responder ▼ alexandre gomes Agendar limpeza Para Moderador do grupo temince, maria amélia, joao paulo, Isabelle Braz, isabelle braz, Philipi Bandeira, philipibandeira@gmail.com, Daniel Mato, Sylvia Porto Alegre Antropóloga, Renato Athias, Naigleison Historiador, afonsina moreira, ana lúcia tófoli, eudes gomes, antonio luiz, Regis Lopes UFC, regis lopes, regis lopes, amelia MUSCE, Jose bessa, José Bessa, Prof.Bessa UNIRIO, Cristiane Pedagogia, Ninno Amorim, Samuel Gomes, irmão, irmã, emanoelagomes irmã, papa eleri, fatimaeleri@yahoo.com.br, Washington Luis Gonçalves Silva, willame@gmail.com, beto, primo, Duda Alegria primo, cabeça Prezad@s colegas e amig@s, Nos últimos dois anos estive morando em Recife (PE), cursando o mestrado em Antropologia na UFPE, que termino agora. Consegui unir dois dos temas que vem sendo caros à minha trajetória pessoal e profissional: história-antropologia indígena cearenses e o trabalho em museus. O povo Kanindé (Aratuba e Canindé), de uma rica, complexa e instigante história, que se passa entre o sertão e a serra de Baturité, dos quais fui o primeiro a ter o prazer de estudar, são os sujeitos dessa pesquisa, da qual uma importante etapa está sendo finalizada. O conjunto documental formado pelo acervo de objetos do Museu dos Kanindé, o primeiro dos museus indígenas no Ceará (aberto em 1995 pelo cacique Sotero), junto à etnografia (março-agosto de 2011) e às memórias orais, foram os fios entrelaçados que conduziram nossa análise. Com grande prazer, divulgo a defesa da dissertação, que ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 26 de março de 2012, conforme dados que seguem abaixo. Teria muita vontade de ver uma grande participação dos povos indígenas do Ceará nesse momento, mesmo sabendo que a distância provavelmente impedirá esta presença física. Mas espero poder compartilhar com vocês brevemente, em nossas terras do Siará, os desafios de novas lutas, rememorando percursos do passado e traçando rotas de futuro no presente! Sintam-se convidados! Grande abraço a tod@s! ___________________________ Alexandre Gomes DAM-UFPE 81 9797-2581 85 8781-917 ___________________________________ Defesa de dissertação "Aquilo é uma coisa de índio: objetos, memória e etnicidade entre os Kanindé do Ceará" Autor: Alexandre Oliveira Gomes Orientação: Renato Monteiro Athias Data da defesa: 26-03-2012 Local: Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE (prédio do CFCH, 13º- andar), Recife-PE. Banca examinadora: Examinadora titular externa: Antonella Tassinari (UFSC) Examinador titular interno: Antônio Carlos Motta de Lima (UFPE) Examinadora suplente interna: Vânia Fialho (PPGA-UFPE) Examinador suplente externo: Edson Silva (Cap-UFPE) Resumo Recontar a história regional, a partir de um olhar que subverte a apologia do colonizador como narrativa verdadeira ou oficial, tornou-se um dos imperativos categóricos imprescindíveis aos movimentos e processos contemporâneos de mobilização política de povos indígenas, principalmente no nordeste brasileiro e, especificamente no Ceará, a partir da década de 1980. Torna-se fundamental analisar como movimentos indígenas reinterpretam o passado a partir da construção de sentidos sobre o tempo, “regimes de memória” específicos que associam “ações, narrativas e personagens, prescrevendo-lhes formas de construir significados” (Oliveira, 2011, p. 12). Segundo Johannes Fabian, um regime de memória é “uma arquitetura da memória, (...) que tornaria possível a alguém contar histórias sobre o passado” (Fabian apud Oliveira, 2011, p. 12). A partir da análise da seleção, musealização e significação da cultura material, e dos usos e “(...) papel da memória, com suas técnicas e perspectivas específicas” (Oliveira, 1999, p. 118), realizaremos um estudo classificatório identificando e interpretando categorias nativas e narrativas que organizam socialmente duas importantes diferenças operadas em processos étnicos: memórias e objetos. Investigaremos “(...) o trajeto das composições de sentido”, buscando “(...) relacionar posições políticas com operações mnemônicas” (Ramos, 2011, p. 245), unindo os aportes conceituais da História e da Antropologia, mediados por procedimentos e técnicas museográficas utilizadas na observação participante realizada na pesquisa de campo entre o povo indígena Kanindé, na aldeia Fernandes (Aratuba-Ceará). Palavras-chave: objetos, memória e etnicidade. Abstract A new way to tell the regional history, looking from an angle that changes the official narration based on the colonizer's glorification, becomes an essential requirement for the contemporary movements and processes of political mobilization of native populaces, mostly in the brazilian Northeast region and, particularly in Ceará, from the 1980s on. It's necessary to examine how indianist movements reinterpret their experiences, based in their own feeling about the time, specific "memory regimes" that associate "actions, tales and personages, establishing ways to build meanings "(Oliveira 2011, p. 12). According to Johannes Fabian, a memory regime is " a memory architecture (...) that enables someone to tell stories about the former time" (Fabian apud Oliveira, 2011 p.12). Beginning with the analysis of the selection, musealisation and signification of the cultural facts and usages and "(...) memory role, with the respective technics and perspectives" (Oliveira, 1999, p.118), we will carry out a study recognizing and rendering native types and tales that arrange two important differences found in ethnical procedures: memories and objects. We will examine "(...) the route of the sense fittings", looking for "(...) relating political attitudes with mnemonic operations" (Ramos, 2011, p.245), connecting the concepts of History and Anthropology, by means of procedures and museological methods, useful in the partaking survey that occurs in external researches between the indigenous people Kanindé in the village Fernandes (Aratuba-Ceará). Keywords: objects, memory, ethnicity

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