Comunidades Indígenas cearenses sofrem com a seca.‏

Escrevo aqui com muita preocupação sobre a situação atual enfrentada pelos povos indígenas cearenses localizados na região do Sertão Central e Semí-Árido. Segundo informações preliminares, as Aldeias de Fideles e Crotá, localizada em Quiterianópolis, Aldeia Nazário, em Crateús, Aldeia Cajueiro, em Poranga, Aldeia Lagoinha dos Potiguara, em Novo Oriente e Aldeia Sítio Gameleira, em Canindé, já estão sofrendo os resultados dessa seca que já atinge mais de 250 famílias indígenas. Anteontem os assessores indígenas do DSEI/CE-SESAI, Dourado Tapeba, que também é Coordenador Executivo da APOINME e o Jorge Tabajara, que é Coordenador da COPICE estiveram em Quiterianópolis e puderam constatar essa situação calamitosa na região. As famílias indígenas estão limitando a compra de comida pra comprar água. Segundo o relatos deles, a comunidade de Fideles, tem consumido minimamente duas cargas de água transportada por carro pipa, sendo cada carga cobrada um valor de R$ 250,00. Há também relatos de que famílias indígenas já estão fugindo da seca e indo pra outros estados em que residem parentes. Nessa segunda, levaremos ao conhecimento da FUNAI-BSB essa situação, na tentativa de conseguirmos apoio para essas comunidades, já que não temos conhecimento de iniciativas por parte das prefeituras municipais dessas cidades e do Governo do estado do Ceará. A intenção é de que o DSEI/CE possa viabilizar também algum tipo de apoio. Att, Weibe Tapeba