quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SEMINÁRIO PÚBLICO PROGRAMA
10 de outubro de 2011. 08:30 - 18 hrs.

Universidade de Brasília, Campus Universitário Darcy Ribeiro (Asa Norte, Brasília - DF),
Pavilhão MultiBay II, andar térreo, Auditório da Física.


Abertura (8hs30min)

Representante da Universidade de Brasília (UNB)
do Instituto de Estudos socioeconômicos Representante (INESC)
da Associação Brasileira Representante de Antropologia (ABA)
Representante do Centro de Pesquisa e de Pós-Graduação como Américas (Ceppac, UNB)
da Rede de Cooperação Alternativa Representante ( RCA)
Representante do Ministério Público Federal (MPF)
fornece Organização Representante Internacional do Trabalho (OIT)

1 ª Mesa:
consultas anteriores: Situação e Desafios da Implementação nd América Latina (09:00)


Ricardo Verdum (INESC), Coordenação de mesa dá Christian Ramos (OIT) Llancaqueo Victor Toledo (CEPPDI, Chile) Cesar Gamboa (DAR, Peru) Sarela Paz (cidadania, Bolívia) Mario Melo (Rede Amazônica Legal, Equador) Debate (como 11hs30min 12hs30min )

Consulta Previa. Situación y Desafíos de Implementación en América Latina. Seminario Brasilia Octubre 2011

Em 10-12 de outubro, realizada em Brasília um seminário sobre " Contribuições Legal e Antropológico de regulamentos Consulta Prévia para os Povos Indígenas no Brasil . " A conferência tem como objetivo gerar informações para a regulamentação e implementação do dever estatal de consulta prévia com os povos indígenas no Brasil.

O seminário reúne organizações dos povos indígenas no Brasil, agências governamentais e das Nações Unidas, pesquisadores e especialistas internacionais para trocar idéias e informações sobre os desafios de status e implementação de uma consulta prévia na América Latina.





Segunda-feira 10 de outubro. SEMINÁRIO PÚBLICO

Em 10 de outubro um dia é tornada pública na Universidade de Brasília.

Com a participação de especialistas internacionais como: Christian Ramos (Organização Internacional do Trabalho - OIT), Victor Toledo Llancaqueo (Centro de Políticas Públicas e Direitos Indígenas - CEPPDI, Chile), Cesar Gamboa (Meio Ambiente, Direito e Recursos Naturais - DAR, Peru) , Mario Melo, advogado Sarayaku Community Network (Amazônia Legal, Equador), Deborah Duprat (Ministério Público Federal, Brasil), Joênia Wapichana, comunidade defensora Raposa Serra do Sol Terra (Conselho Indígena de Roraima, Brasil), Sarela Paz (Cidadania , Bolívia), Biviany Rojas (Instituto Socioambiental, Brasil), Simone Pinto Rodrigues (Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR, Brasil), Ricardo Verdum (Instituto de Estudos Sócio - INESC, Brasil), entre outros.

11 e 12 de outubro workshops seminário continua com estudos de caso e resolver a questão da regulamentação do processo de consulta.



DIÁLOGOS SOBRE A CONSULTA PRÉVIA NO BRASIL.

Anteriormente, em 6 de setembro de 2011, em Brasília, realizou um workshop e seminário com a participação do Relator Especial das Nações Unidas, James Anaya , visitando acadêmico.

Anaya Ele participou de um diálogo com representantes do Governo do Brasil, fornecendo um resumo da obrigação dos Estados de consultar os povos indígenas. A reunião teve a participação de várias instituições governamentais, incluindo representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), a Secretaria Geral da Presidência da República, o Ministério de Minas e Energia ( MME), Secretaria Especial do Brasil para a Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), a Fundação Cultural Palmares (Palmares Cultural Foundation), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(IBAMA) e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (DNIT).

O 06 de setembro, durante sua visita a Brasília, Professor Anaya deu uma palestra em um seminário com a participação de organizações públicas dos povos indígenas, estudantes, acadêmicos e representantes de ONG. A atividade foi organizada pelo CEPPAC (Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em como Américas), ISA (Instituto Socioambiental) e INESC (Instituto de Estudos de status socioeconômico).

O novo seminário de 10 a 12 de outubro é organizado pelo Instituto de Estudos Sócio-Econômicos (INESC), o Ministério Público Federal (MPF), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), de Rede Cooperação Alternativa (RCA) e Central de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (CEPPAC).

Construção da Escola Rosa Suzana ao Dr. Paulo chefe da FUNAI‏

Comunidade indígena Tremembé, São José. Itarema27-09-2011

Ao Sr. Dr. Paulo Barbosa Chefe da FUNAI do ceará

Nós Tremembé do Córrego João Pereira, da localidade São José, vimos por meio deste documento solicitar as autoridades responsáveis pelas questões indígenas, devido nós da comunidade estarmos preocupado com a demora na construção da nossa escola. Sabemos que a CREDE 03, esta providenciando todos os papéis para a construção desta escola, mais nada pode fazer sem a assinatura da comissão de gestão, que esta divida em grupos rivais e que tem representantes que não pensam no bem da comunidade e que dizem jamais assinar um documento para construção da escola Rosa Suzana, que tem hoje 80 alunos e atende da educação infantil, fundamental I e II e até duas turmas de EJA ( Educação de jovens e adultos). Nós precisamos da escola e queremos ter um ambiente que propicie melhor aprendizado a nossas crianças. Assim fica impedindo o crescimento da comunidade, pedimos que não deixem isso acontecer, pois a escola é um bem publico indispensável para nossa comunidade indígena.
Agora pedimos as autoridades responsáveis que tomem providencias, que nos de oportunidade de nossa comunidade crescer. A comunidade terá progresso e desenvolvimento, pois nós queremos e precisamos é viver em paz e harmonia para ver o desenvolvimento de nosso povo.
Agradecemos desde já a sua atenção,
Segue as assinaturas das lideranças
José Afonso
José Rodrigues da Rocha
Francisca Fausta
Francisco José

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lideranças Indígenas do Ceará vem a Brasília e reforçam o apoio à Sesai

Lideranças Indígenas do Ceará vem a Brasília e reforçam o apoio à Sesai


Cerca de 40 indígenas do Ceará estiveram reunidos nesta quinta-feira (22), em Brasília, junto ao Secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, para discutir propostas para a melhoria do atendimento de saúde e saneamento básico na região e reforçar o apoio das comunidades indígenas do estado à Sesai.

Segundo o representante da Articulação para os Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Ricardo Dourado, a visita serviu para reforçar o apoio dos indígenas do Ceará à Sesai e a gestão do secretário, Antônio Alves e também para apresentar o anseio de melhoria na saúde de mais de 22 mil índios do Ceará. “A gente sabe que o Secretário luta pela nossa causa, de melhorar a saúde indígena em todo o país, e nós apoiamos o seu trabalho. Mas também esperamos que as reivindicações feitas pelas lideranças indígenas do Ceará possam ser desenvolvidas e colocadas em prática o mais rápido possível”, destacou.

O Secretário da Sesai, Antônio Alves, lembrou que, principalmente por questões culturais, a população indígena do nordeste ficou esquecida até pelos próprios indígenas. O resgate de identidade dos índios desta região vai fortalecer a melhoria de atendimento à saúde destes povos. “A criação da Secretaria tenta amenizar o débito que a nação brasileira têm com os índios, principalmente para com a saúde indígena. Mas gradativamente, e a Sesai é parte disso, a saúde da população indígena vai melhorar e aprimorar ainda mais para chegar a um patamar de excelência”, ressaltou.

O Secretário ainda lembrou que são várias as maneiras para aperfeiçoar o atendimento da saúde indígena. “Para se ter qualidade no atendimento deve ter a união entre a medicina convencional e tradicional. Além disso, após a definição dos convênios para contratação de profissionais, há de se estruturar o saneamento básico e capacitar as equipes de saúde”, explicou.

Juventude indígena

A preocupação dos índios do Ceará também é o cuidado à saúde mental. Foi lembrado que novas doenças relacionadas às drogas causa apreensão às comunidades indígenas. “Dentro da formação das novas equipes de saúde do DSEI Ceará estão a contratação de psicólogos. Estes profissionais darão atenção especial às anomalias modernas como depressão e vícios, como drogas e álcool”, informou a Diretora de Atenção à Saúde da Sesai, Irânia Marques.

Controle Social

A reorganização e o fortalecimento da participação da população indígena na formulação de propostas para a melhoria da saúde nas diversas aldeias do Ceará também foi debatida. A assessora da Sesai para o Controle Social, Bianca Coelho, destacou que o fortalecimento do Controle Social é fundamental. “Com a nova eleição para a presidência do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) será possível levar novas propostas para serem aplicadas no Plano Distrital. Nos próximos meses o Condisi do Ceará vai receber capacitações para formação de conselhos locais e reuniões para discutir o regimento interno do Conselho”, informou.

Indígenas do Ceará visitam a Sesai e apresentam propostas para fortalecimento da saúde e saneamento básico‏

Indígenas do Ceará visitam a Sesai e apresentam propostas para fortalecimento da saúde e saneamento básico

Cerca de 40 indígenas do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Ceará estiveram reunidos nesta quinta-feira (22), em Brasília, junto ao Secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, para discutir propostas para a melhoria do atendimento de saúde e saneamento básico na região.

Segundo o representante da Articulação para os Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Ricardo Dourado, a visita serviu para apresentar o anseio de melhoria na saúde e apoio à Sesai para o atendimento para mais de 22 mil índios do Ceará. “A gente sabe que o Secretário veste nossa causa (de melhorar a saúde indígena em todo o país), mas esperamos que as reivindicações feitas pelas lideranças indígenas do Ceará possam ser desenvolvidas e colocadas em prática o mais rápido possível”, destacou.

O Secretário da Sesai, Antônio Alves, lembrou que, principalmente por questões culturais, a população indígena do nordeste ficou esquecida até pelos próprios indígenas. O resgate de identidade dos índios desta região vai fortalecer a melhoria de atendimento à saúde destes povos. “A criação da Secretaria tenta amenizar o débito que a nação brasileira têm com os índios, principalmente para com a saúde indígena. Mas gradativamente, e a Sesai é parte disso, a saúde da população indígena vai melhorar e aprimorar ainda mais para chegar a um patamar de excelência”, ressaltou.

O Secretário ainda lembrou que são várias as maneiras para aperfeiçoar o atendimento da saúde indígena. “Para se ter qualidade no atendimento deve ter a união entre a medicina convencional e tradicional. Além disso, após a definição dos convênios para contratação de profissionais, há de se estruturar o saneamento básico e capacitar as equipes de saúde”, explicou.

Juventude indígena

A preocupação dos índios do Ceará também é o cuidado à saúde mental. Foi lembrado que novas doenças relacionadas às drogas causa apreensão às comunidades indígenas. “Dentro da formação das novas equipes de saúde do DSEI Ceará estão a contratação de psicólogos. Estes profissionais darão atenção especial às anomalias modernas como depressão e vícios, como drogas e álcool”, informou a Diretora de Atenção à Saúde da Sesai, Irânia Marques.

Controle Social

A reorganização e o fortalecimento da participação da população indígena na formulação de propostas para a melhoria da saúde nas diversas aldeias do Ceará também foi debatida. A assessora da Sesai para o Controle Social, Bianca Coelho, destacou que o fortalecimento do Controle Social é fundamental. “Com a nova eleição para a presidência do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) será possível levar novas propostas para serem aplicadas no Plano Distrital. Nos próximos meses o Condisi do Ceará vai receber capacitações para formação de conselhos locais e reuniões para discutir o regimento interno do Conselho”, informou.

Qualificação da reivindicação de regularização fundiária da TI Kanindé de Aratuba - CE‏

Prezad@s,

Segue o link para notícia veiculada, no blog da Funai-CE, sobre o processo de regularização fundiária de TI Kanindé de Aratuba - CE, que está em fase de "Qualificação da reivindicação", após 16 intensos anos de organização e mobilizações por parte dos Kanindé.
http://funaiceara.blogspot.com/

Apesar de ser uma compilação de fontes variadas, o texto traça um histórico do povo Kanindé, atualizando informações sobre o trabalho técnico da equipe da Funai-CE na aldeia Fernandes, onde estiveram quando estava nos meus últimos dias do trabalho de campo, no início de agosto último.

É necessário que a Funai agilize os trabalhos no Ceará, não só em relação aos Kanindé, mas aos demais povos indígenas, incluindo os que têm processos de regularização fundiária se arrastando na justiça, sob júdice, à um bom tempo (Tremembé, Tapeba e Pitaguary).
No mesmo blog, há outras matérias de manifestações do movimento indígena no Ceará.

Aos interessados nos museus indígenas, a matéria traz algumas fotos mais recentes do Museu dos Kanindé (MK), após trabalhos de higienização, documentação e re-montagem do acervo, ocorridos entre maio e julho, a partir de um grupo de trabalho composto por jovens indígenas, que atualmente formam o núcleo educativo do MK, coordenados pelo prof. Nalson Santos.
__________________________
Alexandre Gomes
Projeto Historiando
DAM-UFPE
Bacharelado em Museologia
9797-2581

http://funaiceara.blogspot.com/

Seminário Consulta Prévia - Brasília, 10 de outubro de 2011.‏

Seminário
Subsídios Jurídicos e Antropológicos para a Regulamentação da Consulta Prévia junto a Povos Indígenas no Brasil

Data: 10 de outubro de 2011 (segunda-feira), das 8hs30min às 18 horas
Local: Universidade de Brasília, Campus Universitário Darcy Ribeiro (Asa Norte, Brasília - DF), Pavilhão Multiuso II, andar térreo, Auditório da Física.

O caráter fundamental do direito a consulta previa dos povos indígenas e comunidades tradicionais, reconhecido nos convênios, pactos e na jurisprudência dos tribunais internacionais, assim como nas disposições constitucionais e legislativas de alguns países da América Latina, é um dever dos Estados e deve ser acionada antes da adoção de medidas legislativas ou administrativas que possam afetar os direitos dos povos indígenas; está relacionada com o direito desses povos e comunidades a manifestar, segundo seus costumes e tradições, um consentimento livre, prévio e informado, no marco de um diálogo intercultural marcado pela boa-fé.
O evento proposto tem como objetivo principal gerar subsídios à regulamentação e aplicação da consulta prévia aos povos indígenas para o cumprimento da obrigação contraída pelo país, com a ratificação da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, Convenção sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes (1989). A Convenção entrou em vigor em 5 de setembro de 1991, e no Brasil ela foi ratificada por meio do Decreto Legislativo nº 143, em vigor desde 2003. Com a Convenção 169 da OIT e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2007), Estados e sociedades adentraram em um novo contexto de direito, o direito dos povos indígenas a autodeterminação. A partir daí todos os povos indígenas têm o direito de manifestar sua vontade, recuperando o controle sobre seu destino, sendo a consulta a forma principal de garantir esse direito, como todos os direitos dos povos indígenas.
O Seminário pretende criar um ambiente de debate e intercâmbio de idéias, opiniões e informações sobre o assunto. Visa também contribuir para que o Estado brasileiro e os povos indígenas disponham dos instrumentos necessários e imprescindíveis à formulação, planejamento, avaliação e definição de políticas públicas adequadas. No momento de crescimento econômico por que passa o país, é absolutamente fundamental redobrar a atenção sobre potenciais riscos de projetos e empreendimentos incluídos no PAC, por exemplo, virem afetar a pessoa individual e coletiva indígena, bem como os bens e recursos do patrimônio indígena.

Realização:

Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)
Rede de Cooperação Alternativa (RCA)
Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (Ceppac, UnB)
Ministério Público Federal (MPF)



Programação

Abertura (8hs30min)

Representante da Universidade de Brasília (UnB)
Representante do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)
Representante da Associação Brasileira de Antropologia (ABA)
Representante do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (Ceppac, UnB)
Representante da Rede de Cooperação Alternativa (RCA)
Representante do Ministério Público Federal (MPF)
Representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

1ª Mesa:
Consulta Prévia: Situação e Desafios da Implementação na América Latina (9hs)

Ricardo Verdum (Inesc), coordenação da mesa
Christian Ramos (OIT)
Victor Toleto Llancaqueo (CPPDI, Chile)
Cesar Gamboa (DAR, Peru)
Sarela Paz (CIUDADANIA, Bolívia)
Mario Melo (Rede Jurídica Amazônica, Equador)

Debate (11hs30min às 12hs30min)

2ª Mesa:
Consulta Prévia: Situação e Desafios da Implementação no Brasil (14hs00min)

Biviany Rojas (ISA), coordenação da mesa
Débora Duprat (MPF)
Joênia Wapichana (CIR)
Carlos Frederico Marés de Souza Filho (PUC-Paraná)
Simone Rodrigues Pinto (Ceppac, UnB)

Debate (17hs às 18hs)

Adriana de castro (centro) e demais lideranças apontam impactos ambientais em estrada de Itapipoca

Adriana de castro (centro) e demais lideranças apontam impactos ambientais em estrada de Itapipoca
THIAGO GASPAR
Comunidade indígena protesta contra construção de via que liga a Vila Marinheiros até a Barra do Mundaú

Fortaleza. Cerca de 38 famílias, que compõem a aldeia indígena Tremembé de São José, protestam, desde ontem, contra a construção de estrada em Itapipoca. A iniciativa é da administração municipal, mas a rejeição se dá por conta dos impactos ambientais apontados pelas lideranças locais e pela falta de diálogo com a comunidade, o que até o momento afirmam que não ocorreu.

Essa é a opinião da líder comunitária Adriana Carvalho de Castro, conhecida como Adriana Tremembé. Ela disse que a estrada, da forma como se encontra, já atende à aldeia indígena. No entanto, adverte que, indo mais além, haverá um futuro incerto para o meio ambiente, que deverá ser agredido pela movimentação turística esperada para a região. A estrada teve início na Vila dos Marinheiros, nas proximidades da Praia da Baleia. Atualmente, as obras se encontram na Vila São José, com a possibilidade de avançar até a Barra do Mundaú, totalizando uma extensão de 6,5 quilômetros num custo, que se fosse feito pela iniciativa privada, ficaria em torno dos R$ 600 mil.

"O nosso questionamento é que a estrada foi construída sem levar em conta os impactos ambientais e nem houve uma discussão com as famílias", disse Adriana Tremembé.

Máquinas paradas

Ontem, as máquinas estavam paradas nas imediações da Vila São José. Uma faixa havia sido estendida no corredor, com a população agradecendo pelo benefício, mas alertando para que houvesse um limite, caso contrário ocorreria graves danos ambientais, como salienta a líder.

"Nós agradecemos a estrada na medida do que já foi feito, porque facilita nosso acesso para outras aldeias e também antes as vias se tornavam intransitáveis durante a estação das chuvas", afirma Adriana.

Até o momento, toda a estrada é feita de forma carroçal e não há perspectiva de que haja a cobertura de asfalto, como temem as lideranças indígenas. Ela lembra que as terras estão em processo de demarcação e o problema dos limites dos territórios daquela etnia vêm sendo acompanhados pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Diálogo

O secretário de Obras, Nei Barroso, disse que as máquinas estão paradas, desde quando foram iniciados os protestos, fato que aconteceu na terça-feira passada. Ele informou que o prefeito João Barroso se comprometeu em conversar com os moradores de São José.

"Não há nenhuma postura autoritária. A estrada que fizemos foi para satisfazer a comunidade, que fez questão de nos agradecer pela iniciativa", disse Nei Barroso.

Ele explicou que todos os serviços estão sendo mantidos pela administração municipal.

"A ideia foi beneficiar, em primeiro lugar, os indígenas, porque sem uma via com condições mínimas de acesso ficavam impossibilitadas de tráfego ambulâncias, caminhões de abastecimento e até mesmo motocicletas", ressaltou o secretário de Obras de Itapipoca.

Weibe Tapeba

Encaminho em anexo, cartaz e folder com a programação da edição 2011 da Feira Cultural das Escolas Indígenas Tapeba e Jogos Indígenas e Festa da Carnaúba.

Sua participação é muito importante para nós.

Att,

Weibe Tapeba

Articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários

Convocatória
Articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários
Por Projeto Historiando
Alexandre Gomes e João Paulo Vieira
Há alguns anos, diversas iniciativas de criação de museus e outros espaços de memória e preservação do patrimônio cultural vêm sendo realizadas de forma autônoma em várias comunidades cearenses, no litoral, na serra e no sertão. Embora originadas em diferentes contextos e entre diversos grupos sociais e étnicos (indígenas, assentados, comunidades tradicionais etc.), estas experiências trazem semelhanças quanto à participação e apropriação comunitária do patrimônio e da memória local, como ferramentas de afirmação, preservação e defesa de territórios, ecossistemas e referências culturais.
São os chamados museus comunitários, eco-museus, museus indígenas, museus de territórios e-ou iniciativas similares. São espaços que interpretam a natureza como parte da cultura e o homem como parte da natureza, onde a comunidade é vista como patrimônio a ser preservado, assim como seus saberes e modos de fazer. Onde a preservação do patrimônio cultural ocorre de maneira integrada e a comunidade vive num território musealizado.
Resistem, por meio de seus museus, à destruição de seus patrimônios, seja este a terra, o mangue, os mares, os rios, os saberes e fazeres, os modos de vida etc. Patrimônios e memórias que foram musealizadas, ou seja, reconstruídas em processos preservacionistas, de pesquisa e divulgação, através da formação de acervos. São memórias de muitas lutas a historiar. Muitas destas comunidades já possuem espaços físicos estruturados e acervos constituídos. Outras, iniciaram processos de sensibilização e mobilização para a constituição destes espaços. Algumas já possuem acervos materiais, outras, já fizeram inventários de referências culturais ou exposições museológicas, mesmo não possuindo ainda um espaço adequado e destinado para tais finalidades.
Nesta caminhada ainda temos muito a aprender e vários são os desafios para o fortalecimento destas experiências de museologia social no Ceará. Por um lado, não possuímos nenhum apoio estatal, por outro, setores conservadores, inclusive da academia, contestam a legitimidade das iniciativas de musealização comunitária. Muitos dos problemas são comuns, outros não. Alguns podem ter soluções coletivas, outros não. É justamente para possibilitar o diálogo sobre estas ricas experiências, articulando sonhos e possibilidades, que estamos convidando vocês para participarem de um primeiro encontro visando organizar a Rede Cearense de Museus Comunitários, agregando processos de musealização em curso, museus indígenas, eco-museus e museus comunitários.
O objetivo desta Rede será o de compartilhar experiências, fomentar a cooperação, divulgação e o fortalecimento conjunto de seus integrantes, atuando de forma descentralizada e garantindo a autonomia de seus participantes, a partir da articulação de ações, projetos e programas interinstitucionais. Essa organização possibilitará uma maior visibilidade para nossas demandas, potencializando nosso poder de pressão, proposição e reivindicação, junto aos poderes públicos, para a formulação de políticas públicas que reconheçam e assegurem a função social dos museus comunitários.
Diante do exposto, contamos com a vossa participação.
Reunião para organização da Rede Cearense de Museus Comunitários
Local: Museu do Ceará – Rua São Paulo, 51, Centro – Fortaleza, CE
Dia 21 de outubro de 2011 (sexta-feira), às 14 horas.
Relação de museus comunitários, eco-museus, museus indígenas e iniciativas de processos de musealização convidadas para a reunião de articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários:
1. Museu Natural do Mangue (Sabiaguaba)
2. Museu Indígena Jenipapo Kanindé (Aquiraz)
3. Memorial Tapeba Cacique Perna de Pau (Caucaia)
4. Ecomuseu de Maranguape (Maranguape)
5. Museu dos Kanindé (Aratuba)
6. Instituto Casa da Memória de Jaguaribara (Jaguaribara)
7. Casa da Memória de Jaguaretama ( Jaguaretama)
8. Oca da Memória (Poranga)
9. Casa da Memória de Porteiras (Porteiras)
10. Memorial Homem Kariri / Fundação Casa Grande (Nova Olinda)
11. Museu Potygatapuia (Monsenhor Tabosa)
12. Associação dos Moradores Comunidade do Titanzinho (Fortaleza)
13. Ponto de Cultura Artesanato e Tradição de Iparana (Iparana)
14. Ponto de Cultura Maria Vem com as Outras (Iparana)
15. Comunidade Indígena Tremembé (Almofala / Itarema)
16. Comunidade Indígena Pitaguari (Maracanaú)
17. Comunidade do Poço da Draga (Fortaleza)
18. Comunidade do Morro Santa Terezinha / Projeto Enxame (Fortaleza)
19. Ponto de Memória do Grande Bom Jardim (Fortaleza)
20. Ponto de Memória do Icapuí (Icapuí)
21. Comunidade Moura Brasil (Fortaleza)
22. Comunidade de Caetanos de Cima (Amontada)
23. Comunidade Prainha do Canto Verde (Beberibe)
24. Comunidade Curral Velho (Acaraú)

João Paulo

Mensagem encaminhada -----
De: João Paulo
Para: joao paulo ; Alexandre
Enviadas: Terça-feira, 11 de Outubro de 2011 15:44
Assunto: Reunião de articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários

Saudações a todos e a todas,

É com grande satisfação que enviamos em anexo um convite para a reunião de articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários, que se realizará no próximo dia 21 de outubro, sexta-feira, às14h no auditório do Museu do Ceará.

Dentre os convidados, encontram-se representantes de museus comunitários, eco-museus, museus indígenas e iniciativas de processos de musealização comunitária. Acreditamos que este momento é de suma importância para dar visibilidade, potencializar e demarcar uma posição coletiva de nossas experiências locais no campo da museologia brasileira contemporânea, bem como nos possibilitará ampliar nosso poder de pressão, proposição e reivindicação, junto aos poderes públicos locais nacionais, para a formulação de políticas públicas que reconheçam e assegurem a função social dos museus comunitários.

Vale lembrar que consideramos essa reunião a culminância de um processo em curso no Ceará há alguns anos, que faz parte de processos de mobilização comunitária que incorporaram a linguagem museológica na construção e no fortalecimento da organização local.

Assim, a participação de cada uma das experiências em curso no Estado do Ceará torna-se imprescindível!

Certos de contar com a vossa participação, desde já agradecemos!
Até lá!
Um grande abraço,

João Paulo Vieira e Alexandre Gomes
Projeto Historiando
____________________________________________________________________________

Convocatória
Articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários

Por Projeto Historiando
Alexandre Gomes e João Paulo Vieira

Há alguns anos, diversas iniciativas de criação de museus e outros espaços de memória e preservação do patrimônio cultural vêm sendo realizadas de forma autônoma em várias comunidades cearenses, no litoral, na serra e no sertão. Embora originadas em diferentes contextos e entre diversos grupos sociais e étnicos (indígenas, assentados, comunidades tradicionais etc.), estas experiências trazem semelhanças quanto à participação e apropriação comunitária do patrimônio e da memória local, como ferramentas de afirmação, preservação e defesa de territórios, ecossistemas e referências culturais.

São os chamados museus comunitários, eco-museus, museus indígenas, museus de territórios e-ou iniciativas similares. São espaços que interpretam a natureza como parte da cultura e o homem como parte da natureza, onde a comunidade é vista como patrimônio a ser preservado, assim como seus saberes e modos de fazer. Onde a preservação do patrimônio cultural ocorre de maneira integrada e a comunidade vive num território musealizado.

Resistem, por meio de seus museus, à destruição de seus patrimônios, seja este a terra, o mangue, os mares, os rios, os saberes e fazeres, os modos de vida etc. Patrimônios e memórias que foram musealizadas, ou seja, reconstruídas em processos preservacionistas, de pesquisa e divulgação, através da formação de acervos. São memórias de muitas lutas a historiar. Muitas destas comunidades já possuem espaços físicos estruturados e acervos constituídos. Outras, iniciaram processos de sensibilização e mobilização para a constituição destes espaços. Algumas já possuem acervos materiais, outras, já fizeram inventários de referências culturais ou exposições museológicas, mesmo não possuindo ainda um espaço adequado e destinado para tais finalidades.

Nesta caminhada ainda temos muito a aprender e vários são os desafios para o fortalecimento destas experiências de museologia social no Ceará. Por um lado, não possuímos nenhum apoio estatal, por outro, setores conservadores, inclusive da academia, contestam a legitimidade das iniciativas de musealização comunitária. Muitos dos problemas são comuns, outros não. Alguns podem ter soluções coletivas, outros não. É justamente para possibilitar o diálogo sobre estas ricas experiências, articulando sonhos e possibilidades, que estamos convidando vocês para participarem de um primeiro encontro visando organizar a Rede Cearense de Museus Comunitários, agregando processos de musealização em curso, museus indígenas, eco-museus e museus comunitários.

O objetivo desta Rede será o de compartilhar experiências, fomentar a cooperação, divulgação e o fortalecimento conjunto de seus integrantes, atuando de forma descentralizada e garantindo a autonomia de seus participantes, a partir da articulação de ações, projetos e programas interinstitucionais. Essa organização possibilitará uma maior visibilidade para nossas demandas, potencializando nosso poder de pressão, proposição e reivindicação, junto aos poderes públicos, para a formulação de políticas públicas que reconheçam e assegurem a função social dos museus comunitários.

Diante do exposto, contamos com a vossa participação,

Reunião para organização da Rede Cearense de Museus Comunitários
Local: Museu do Ceará – Rua São Paulo, 51, Centro – Fortaleza, CE
Dia 21 de outubro de 2011 (sexta-feira), às 14 horas.
Relação de museus comunitários, eco museus, museus indígenas e iniciativas em processo musealização comunitária convidadas para a reunião de articulação da Rede Cearense de Museus Comunitários:


Museu Natural do Mangue (Sabiaguaba)
Museu Indígena Jenipapo Kanindé (Aquiraz)
Memorial Tapeba Cacique Perna de Pau (Caucaia)
Ecomuseu de Maranguape (Maranguape)
Museu dos Kanindé (Aratuba)
Instituto Casa da Memória de Jaguaribara (Jaguaribara)
Casa da Memória de Jaguaretama ( Jaguaretama)
Oca da Memória (Poranga)
Casa da Memória de Porteiras (Porteiras)
Memorial Homem Kariri / Fundação Casa Grande (Nova Olinda)
Museu Potygatapuia (Monsenhor Tabosa)
Associação dos Moradores Comunidade do Titanzinho (Fortaleza)
Ponto de Cultura Artesanato e Tradição de Iparana (Iparana)
Ponto de Cultura Maria Vem com as Outras (Iparana)
Comunidade Indígena Tremembé (Almofala / Itarema)
Comunidade Indígena Pitaguari (Maracanaú)
Comunidade do Poço da Draga (Fortaleza)
Comunidade do Morro Santa Terezinha / Projeto Enxame (Fortaleza)
Ponto de Memória do Grande Bom Jardim (Fortaleza)
Ponto de Memória do Icapuí (Icapuí)
Comunidade Moura Brasil (Fortaleza)
Comunidade de Caetanos de Cima (Amontada)
Comunidade Prainha do Canto Verde (Beberibe)